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PAÍS

Tão caceteiro é quem fornece o cacete como quem lhe dá uso

Sempre que a repressão capitalista e burguesa se intensifica, no passado como na actualidade, surgem concepções erradas e oportunistas acerca do divórcio entre o governo que as tutela e as direcções das forças policiais repressivas. Tais concepções pequeno-burguesas e diletantes, alimentam o eterno dueto polícia bom/polícia mau que os mais antigos e experimentados revolucionários tão bem conhecem.

Baseando-se naquilo que consideram ser factos indesmentíveis para dar sustentabilidade às suas teses, esta intelectualidade pequeno-burguesa dá como exemplos desse divórcio a utilização de agentes infiltrados em manifestações, o espancamento de manifestantes e jornalistas e a perseguição e constituição como arguidos de cidadãos que lutam pelo direito de manifestar-se contra as medidas terroristas e fascistas deste governo de traidores que levam ao desemprego e à precariedade, ao roubo dos salários e do trabalho e à depreciação das condições de vida do povo, condenando o governo apenas por não estar a par dessas acções!

Tais concepções não só são erradas como são oportunistas, devendo ser prontamente isoladas e desmascaradas. É que, no contexto da luta que os operários, os trabalhadores e o povo português travam contra a aplicação das medida terroristas e fascistas que este governo de vende-pátrias, serventuário do grande capital e da tróica germano-imperialista, defender uma tal tese é escamotear a razão pela qual o MAI (Ministério da Administração Interna), o ministério que tutela as polícias, foi o único ministério que não viu limitado o seu orçamento, antes pelo contrário, foi o único que o viu largamente reforçado, ao contrário do que aconteceu, entre outros, com os ministérios da educação, da saúde e da cultura, e passar a idéia de que, apesar de ser o governo a fornecer o cacete, nada tem a haver com o caceteiro.

Ora qual então a justificação para se considerar que existe um divórcio entre o MAI e as chefias das forças policiais de repressão? Acontece é que este governo de traidores do PSD/CDS, seguindo os bons exemplos dos seus predecessores do PS, com as suas manobras dilatórias, consistentes em brindar-nos com uma profusão de inquéritos, dos quais, todos o sabemos, nada resultará, engana este sector basbaque de um certa intelectualidade de esquerda, adoptando aquela velha e conhecida atitude de quem, para se distanciar do biltre a quem fornece os instrumentos para a repressão, tenta, depois, distanciar-se dos repressores que arma e financia.

E tanto mais premente se torna isolar estas concepções, quando temos consciência de que hoje, quando se celebra o 1º de Maio, a luta dos operários, dos trabalhadores e do povo português contra o regime capitalista e os seus serventuários se encontra numa importante encruzilhada: ou avança decididamente para o objectivo central de derrubamento do governo Coelho/Portas e de constituição de um novo governo democrático patriótico, ou deixará entregues as massas trabalhadoras, de mãos e pés atados, à mais sórdida exploração e à mais negra das misérias e repressão.


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