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PAÍS

Uma história de touros, cornos e curros!

Essa sinistra figura que dá pelo nome de Herman van Rompuy, capacho oficial da chancelerina Merkel e do imperialismo germânico, actuando como seu fantoche na qualidade de presidente do conselho europeu, comportou-se em relação a Portugal, aos trabalhadores e ao povo português como o senhor colonial que avalia a jóia da coroa do império.

Discursando em Bruxelas para uma plateia de investidores e empreendedores, isto é grandes capitalistas detentores quer da indústria, quer do capital financeiro e bancário, o fantoche Rompuy teve a distinta lata de referir que Espanha e Portugal tornaram os seus mercados mais flexíveis de forma a adaptar os seus modelos socioeconómicos para um modo em rápida mutação, concluindo que, assim, o continente europeu poderia permanecer atractivo para viver e trabalhar!

Mas, de que estados-membros desta união europeia está Rompuy a falar? Claro que daqueles que Merkel e o imperialismo germânico, com a prestimosa colaboração do capitulacionista Sarkozy, considera os elos fracos da cadeia e que, na perspectiva da divisão do trabalho que desenhou para a sua nova Europa, depois de, gradual e sagazmente, os ter obrigado a desindustrializar- se e a abandonar e a liquidar a sua agricultura e pescas, quer agora que se transformem em protectorados ou colónias detentores de um sector industrial com baixa incorporação de valor e ritmos de trabalho intensivos e uma mão-de-obra barata, sem qualificação e sem quaisquer direitos.

Escamoteando que as reformas estruturais de que fala, uma fórmula que a tróica germano-imperialista tem imposto, entre outros países, a Portugal, isto é, aos trabalhadores e ao povo português, além de não terem, como afirmam, por objectivo a consolidação orçamental, mas sim a crescente acumulação de riqueza nas mãos da burguesia detentora dos grandes grupos financeiros e bancários, com a Alemanha à cabeça, e que tal desiderato só será conseguido se conseguirem subjugar, humilhar e colonizar, à custa da chantagem das dívidas soberanas os países que consideram os elos mais fracos da cadeia capitalista na Europa, Rompuy engana-se, no entanto, no alvo quando elogia países como Portugal e o seu governo de traidores Passos/Portas como aqueles que tinham sabido agarrar o touro pelos cornos!, entendendo nós que se está a referir, provocatoriamente aos trabalhadores e aos povos desses países, entre os quais Portugal.

Claro está que pelos cornos e de cernelha irá a classe operária, os trabalhadores e o povo português, e os povos martirizados pela tróica germano-imperialista, agarrar este touro representado pelos interesses do eixo Berlim/Paris, obrigando-o, como já o fez no passado, a fugir a sete patas para o curro da história onde merece ser encarcerado e cuja chave deverá, em definitivo, ser deitada fora.

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