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PAÍS

Tróica: A rídicula idéia da existência de uma ala de esquerda e outra de direita!

De há uns tempos a esta parte que alguns vêem insistindo numa teoria de que existirá uma forma PLUS, por contraponto a um forma moderada, de aplicar o programa que a tróica germano-imperialista impôs aos trabalhadores e ao povo português. Criada pelo eixo Berlim/Paris, esta plataforma que visa dominar e subjugar, à custa da chantagem da dívida, vários povos e nações europeus, está a ser paulatinamente elevada a nova bíblia da filosofia, da política e do pensamento económico da burguesia e do seu sistema capitalista.

Num contexto de luta de classes que domina a sociedade dos nossos dias e é o motor da história, claro está que, mesmo dentro da tróica, e sobretudo em relação a ela, diferentes interesses, representando o montante do quinhão da exploração sobre os trabalhadores e o povo que cada um dos sectores da burguesia reclama para si, se manifestam e digladiam, havendo já quem, como José Seguro, defenda que existirá um tróica de direita e outra de esquerda onde, claro está, se alinha o PS.

Ou seja, os direitistas e os esquerdistas, no seio da tróica, serão ambos favoráveis a que sejam adoptadas medidas terroristas e fascistas sobre os trabalhadores e o povo português, para os obrigar a pagar uma dívida que não contraíram, nem dela tiraram qualquer benefício, estando apenas em desacordo quanto à intensidade do golpe e à dimensão do cacete!

A acreditarmos nesta classificação, os troikistas de direita, representados pelos partidos traidores PSD e CDS, que formaram o governo serventuário dos interesses da tróica germano-imperialista que domina e coloniza o nosso país, aplicam as medidas que visam o roubo dos salários e do trabalho, a facilitação e embaratecimento dos despedimentos, o aumento de serviços e bens essenciais que agravam ainda mais as condições de vida do povo e aumentam a fome e a miséria, excedendo-se à própria tróica no que diz respeito à intensidade, profundidade e alcance dessas medidas, pois querem que a tróica, para além de os considerarem bons alunos, os elejam como seus delfins de confiança.

Já para os troikistas de esquerda, como ficou bem claro na conferência de imprensa conjunta Seguro/Rubalcaba (novo secretário-geral do Partido Socialista espanhol, o PSOE), em Madrid, no final de uma reunião entre os dois – provavelmente para gizarem a estratégia desta esquerda troikista para a Península Ibérica e, quem sabe, estendê-la a toda a Europa –, o que está em causa, como afirmou Seguro, é que não seja tomada qualquer medida que vá para além daquilo que, com o PSD e o CDS, subscreveram no memorando com a tróica germano-imperialista, traindo a nossa soberania nacional e os interesses dos trabalhadores e do povo português, estando ainda contra o anúncio de toda e qualquer medida que provoque ainda mais pânico…desnecessário, segundo o José… entre o povo!

Os mimos que ultimamente trocam entre si – troikistas de direita e de esquerda –, destinam-se então, e somente, a deitar areia para os olhos do povo, ao mesmo tempo que disputam qual das alas assumirá melhor os comandos do leme do governo, qual delas melhor servirá os interesses da tróica de que ambas são serventuárias.

De um e outro lado das barricadas, contam-se espingardas e alinham-se as tropas de choque, sempre encabeçadas por uma profusão de opinadores, politólogos, eminentes economistas e filósofos. E, desta vez, Seguro parece não estar para brincadeiras. Fez avançar o seu peão de brega, o seu mais canino servidor, o traidor Eng.º João Proença, para, neste jogo de ver quem tem maior poder de fogo e influência, vir, em tom ameaçador, dizer ao governo e ao patronato – alegadamente troikistas de direita – que considera que o acordo de traição que subscreveu recentemente com eles e que, acreditava ele, visava o crescimento e o emprego não está a ser cumprido, pelo que se arroga o direito da possibilidade de dele fazer desvincular a UGT!

Claro está que estas disputas internas, entre troikistas de direita e de esquerda, não têm por objectivo defender os interesses dos trabalhadores e do povo português, nem assegurar uma política independente e soberana para Portugal. Nada disso!

Nós, simples e mortais ignorantes, continuamos a pensar que tão ladrão é o que entra na vinha para roubar, como o que fica à porta para lhe montar guarda!

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