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Jornadas Parlamentares do PS: O logro da adenda sobre crescimento e Emprego ao “Tratado Orçamental da União Europeia”

Esta história da grande esquerda, envolvendo o Partido Socialista, como pretende alguma da chamada esquerda radicalmas responsável, deixou de ser uma comédia para passar a ser uma tragédia ou, mesmo, uma ópera bufa de repertório duvidoso e rasca, num cenário em que serão sempre trabalhadores e povo a ter de gramar com as consequências das péssimas performances dos actores envolvidos.

O humor negro tem imperado ultimamente nas hostes socialistas. Discursando na sessão de abertura das jornadas parlamentares do PS, que estão a decorrer em Bragança até hoje, 16 de Abril, e dedicadas aos temas do crescimento e do emprego, Carlos Zorrinho, presidente do grupo parlamentar do PS, abriu as hostilidades com tiradas que, não fossem as consequências trágicas que daí advêm para os trabalhadores e para o povo português, seguramente arrancariam profusas gargalhadas daqueles que estivessem menos atentos ao evoluir da história mais recente do nosso país, e do papel do PS nessa história.

Naquela toada característica da oposição violentamas construtiva que tem caracterizado ultimamente a acção política do PS, Zorrinho iniciou o seu discurso com um apelo ao primeiro-ministro e ao governo PSD/CDS, para que abdique da sua arrogância política e saia mais do escritório de contabilidade que montou em S. Bento, para se confrontar com a realidade do terreno!

Ao verberar as patifarias que este governo de traição nacional Coelho/Portas está, de facto, a praticar, Zorrinho esquece-se de mencionar, por um lado, que o PEC IV que levou, em boa hora, ao derrube do governo Sócrates, que ele integrou, foi o percursor do Memorando de Entendimento que PS, PSD e CDS vieram a subscrever com a tróica germano-imperialista, isto é, foi a percursora de todas as medidas terroristas e fascistas que este governo vende pátrias tem vindo a impor aos trabalhadores e ao povo português, para que estes sejam obrigados a pagar uma dívida que não contraíram, nem dela beneficiaram.

Continuando no registo de humor negro e sorumbático que o caracteriza, Zorrinho manifesta uma distinta lata ao considerar que o ajustamento da economia portuguesa deve ser um objectivo colectivo e não um caminho de empobrecimento e de desistência em relação ao futuro, propondo uma adenda sobre crescimento e emprego ao Tratado Orçamental da União Europeia, quando há muito pouco tempo, com a complacência e a traição de João Proença e da direcção da UGT, assinavam um acordo de concertação social com este governo, com o patronato e o aplauso da tróica germano-imperialista, que legaliza o roubo do trabalho e dos salários, facilita e embaratece os despedimentos, consagra a precariedade, a fome e a miséria para o nosso povo.

Fiando-se de que o povo terá memória curta, este Zorrinho de humor rasteiro, deve ter-se esquecido de que fez parte de um governo – em boa hora corrido pelo povo – que, antes de ser eleito para o seu primeiro mandato, insistindo na promessa para o segundo, se comprometeu, no âmbito de um programa para o desenvolvimento e crescimento de que, então, tanto se gabava, em criar 150 mil novos postos de trabalho.

Governo esse que, quando foi obrigado pelo povo a abandonar o poder, tinha conseguido exactamente o contrário daquilo que tinha prometido e anunciado, isto é, tinha acrescentado 150 mil novos desempregados aos já dramáticos números do desemprego existentes na época.

Como se pode arrogar um partido como o PS em ter uma agenda para o desenvolvimento, o crescimento e o emprego quando, em total cumplicidade com PSD e CDS, subscreveu um Memorando com uma Tróica que impôs medidas terroristas e fascistas cujas consequências têm sido, precisamente, as de provocar maior desemprego, crescente recessão, destruição maciça do pouco que resta das nossas forças produtivas e do nosso tecido produtivo e transferência de activos e empresas públicas, a preços de saldo, para as mãos de grupos financeiros e bancários privados que essa Tróica germano-imperialista representa e defende, comprometendo a nossa independência nacional?

Não pode! E é precisamente por não poder, nem querer, ter uma política diferente, na essência ou no conteúdo, da dos outros partidos da traição, PSD e CDS, esses no governo como serventuários dos interesses do eixo Berlim/Paris, que com eles será derrubado pelos trabalhadores e pelo povo português que, esses sim, saberão construir um governo, de esquerda, que implemente um programa democrático patriótico, único garante – desde logo porque se recusará a pagar uma dívida ilegítima, ilegal e odiosa – de que políticas para o desenvolvimento, o crescimento, o emprego e bem-estar serão implementadas pelos trabalhadores e pelo povo, de modo a satisfazer os seus interesses e a garantir a nossa soberania nacional.


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