PAÍS
Greve dos Funcionários Judiciais Obtém Uma Fortíssima Adesão
- Publicado em 26.09.2014
De acordo com a informação prestada ao Luta Popular Online pelo presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, Fernando Jorge, a greve realizada hoje pelos funcionários de justiça atingiu um nível de adesão entre os 85% e os 90%, com tribunais a registar 100% de grevistas, como foi o caso dos tribunais de Viana do Castelo, Ferreira do Alentejo, Santiago do Cacém, Ponte de Sôr e Amadora, e ainda o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto, e o Tribunal de Instrução Criminal de Coimbra.
Nos Palácios de Justiça do Porto e Coimbra, fizeram greve entre 90 a 92% dos trabalhadores.
Este nível de participação dos funcionários de justiça nesta greve deve ser ainda mais valorizado pelo que representou de resposta às manobras inteiramente ilegais e à boa maneira fascista do ministério, pela mão do lacaio director-geral da administração da justiça, o qual, requisitou abusivamente para a prestação dos serviços mínimos um numero de funcionários superior ao que consta do aviso prévio de greve, alargando ainda essa ordem ilegal a secções ou serviços em que não se praticam actos que os serviços mínimos visam acautelar, como é o caso das instâncias centrais ou locais de competência meramente cível, de comércio ou de trabalho, onde não há que assegurar qualquer serviço mínimo.
Para além de uma odiosa reforma judiciária, a ministra da justiça, espelhando bem a atitude e política do seu governo de traição nacional PSD/CDS, tem manifestado um profundo desprezo pelas condições em que obriga os funcionários de justiça a trabalhar, pouco se importando com o facto de lhes exigir o cumprimento de tarefas - agora acrescidas com a bagunça que instalou no funcionamento dos tribunais – que deviam ser distribuídas por mais 1 000 trabalhadores em falta.
Os trabalhadores da justiça, a exemplo do que ocorre com os profissionais de saúde, como é o caso dos enfermeiros, estão a experimentar uma situação de verdadeira escravatura e de total ilegalidade que lhes está a ser imposta por um governo que actua assim, única e exclusivamente para pagar uma dívida que não pára de crescer e que se tornou impagável e que não foi contraída pelo povo portugês nem por ele tem, pois, de ser paga.
Recorde-se que os funcionários judiciais prosseguirão a sua luta com greves diárias sequenciais durante todo o mês de Outubro, entre as 00H00 e as 24H00, em cada uma das 23 novas comarcas.
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