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INTERNACIONAL

Hungria: Vitória Arrasadora da Direita e Extrema-Direita

bandeira da hungriaAs eleições legislativas do último Domingo na Hungria saldaram-se por uma vitória esmagadora dos partidos da direita e da extrema-direita e, consequentemente, por uma derrota humilhante da esquerda socialista e democrática.

Oito dias depois do cataclismo eleitoral que levou a direita e a extrema-direita ao Poder autárquico em França, forças políticas do mesmo quadrante tomam o Poder absoluto na Hungria.

Um vento político de direita e de extrema-direita está a varrer a Europa, do Atlântico ao Mar Negro, e a esquerda democrática manifestamente não entende o que se está a passar, pois não consegue atinar com nenhuma política que não tenha como consequência senão abrir o caminho do Poder à direita e à extrema-direita.

Agora na Hungria, o partido da direita (Fidesz), do primeiro-ministro Viktor Orban, conjuntamente com o seu aliado democrata-cristão (KDNP), obteve 44,5% dos votos expressos. Muito embora os dois partidos coligados tenham perdido nas eleições do passado Domingo 700 000 votos em relação às precedentes eleições legislativas de 2010, onde dispuseram de 52,7% dos votos, a verdade é que, em consequência do muito especial sistema eleitoral que beneficia escandalosamente os partidos mais votados, o primeiro-ministro Orban, um nacionalista- -fascista assumido, acabou por conquistar 133 dos 199 assentos parlamentares, o que lhe conferiu uma esmagadora maioria absoluta, superior a dois terços, que lhe permite governar durante mais quatro anos como quiser e entender, ou seja, em perfeita ditadura, que é o que tem acontecido até agora.

Durante toda a campanha, o Fidesz e Orban conduziram um ataque sistemático contra a Coligação de Esquerda, uma plataforma eleitoral que reuniu o partido socialista húngaro (MSZP), herdeiro do antigo partido comunista revisionista, que tinha estado no Poder até 1990, os restos do partido liberal e dissidentes do partido ecologista.

Os votos obtidos pela Coligação de Esquerda até não foram tão maus como isso, atendendo a que lograram 25,9 % dos sufrágios expressos, com uma subida de quase 6 % em relação às eleições de 2010. Só que os quase 26% dos votos da Coligação, dado o regime eleitoral especial em vigor, apenas garantiram 37 lugares parlamentares.

O partido da extrema-direita neo-fascista, anti-semita e anti-cigano (Jobbik), secretariado por Gabor Vona, alcançou um total de 20,7% dos votos, o que quer dizer que um em cada cinco húngaros votou nesse partido, que é agora o maior partido da extrema-direita à escala europeia.

Nos primeiros quatro anos em que deteve o poder absoluto na Hungria, o primeiro- -ministro Orban manteve uma actividade contra-revolucionária frenética: levou a cabo, num só ano, onze reformas da Constituição, aprovando finalmente um texto constitucional em 2011, e que, nos três anos subsequentes, já foi alterado cinco vezes!...

Isto sem contar com o facto de que, entretanto, foram adoptadas 850 leis novas, incluindo a famigerada lei eleitoral, que transformaram a Hungria numa extravagante ditadura fascista. E, em toda a parte no país de Orban, estão afixados cartazes com o mapa da Grande Hungria, com os territórios perdidos em 1920 a favor dos países vizinhos... É o nazismo e o fascismo em todo o seu esplendor...

A contra-revolução fascista húngara está a ser levada a cabo em toda a Hungria sem que em Bruxelas, em Estrasburgo, ou em Berlim alguém tenha mexido um dedo ou proferido uma só palavra contra.
Incluídos no pacote dos mudos políticos, os palhaços dos 22 deputados portugueses no Parlamento Europeu e o palhaço Durão Barroso, português – chamemos-lhe assim - que até agora tem estado à frente da Comissão Europeia.

Protegido pelo Partido Popular Europeu, em que se integram os partidos de Coelho e de Portas, e pela chancelerina Ângela Merkel, um Estado fascista acaba de nascer dentro da União Europeia. Mobilizemo-nos contra ele! Nós, comunistas, desde há muito que estamos avisados: a União Europeia ou é impossível ou é reaccionária.

Estamos, em Portugal, em período de eleições europeias. Perguntemo-nos: como é que nem um dos deputados europeus do PS, do PC e do BE denunciou o que se passou e está a passar diante dos seus olhos na Hungria? O voto dos portugueses nos deputados desses partidos nas eleições europeias é uma pura inutilidade. Votem, pois, no PCTP/MRPP!

Votem no comunista Leopoldo Mesquita. Esse nunca ficará calado, venha o fascismo de onde vier.

Espártaco


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