EDITORIAL
Altos Figurões do PS Mamam no Santander
E o Santander Mama nos Portugueses…
Todos os leitores estão lembrados da resolução do Banif, em Dezembro passado: como a maior parte dos bancos portugueses, o Banif estava falido desde 2011; recebeu em 2012 um empréstimo do Estado no montante de 1 400 milhões de euros e estava ainda mais falido em fins de 2015; com o apoio disfarçado do PCP de Jerónimo e do Bloco de Catarina, o governo de António Costa aceitou a resolução do Banif, ficando o erário público com as dívidas do banco, e o banco, limpinho limpinho, foi mandado entregar pela Comissão Europeia e pelo Banco Central Europeu ao Santander, o banco espanhol que, depois da Caixa Geral de Depósitos, é já o maior banco a actuar em Portugal.
Ao fechar as suas contas de 2015, o Santander, com o oferecimento do Banif, havia aumentado os seus lucros em mil milhões de euros, e Portugal está agora em vias de ser submetido a um processo por défice excessivo em 2015, pelo qual poderá ter de pagar multas à Comissão Europeia e ao Banco Central Europeu superiores a mil milhões de euros.
Os portugueses, sob o governo de António Costa, ajudado pelo PCP e BE, vão ficar sem um banco – o Banif – e sem três mil milhões de euros, e o Santander ficou com mais um banco português – o primeiro foi o Totta – e arrecadou com a operação um lucro superior a mil milhões de euros.
O Santander mamou e mamou bem nos portugueses; os portugueses vão trabalhar dezenas de anos para engordar o Santander.
O escândalo é tão grande que brada aos céus na Europa inteira, e no mundo dos economistas e das praças financeiras internacionais toda a gente se ri de Portugal e dos palonsos e vende-pátrias que governam o nosso país.
Passados cinco meses sobre o assalto ao Banif, e imediatamente a seguir à distribuição dos chamados lucros do Santander mamados em Portugal, o banco espanhol anuncia que os ex-ministros e altos dirigentes do PS António Vitorino e Campos e Cunha vão entrar para o conselho de administração do Santander Totta, conforme proposta que será votada na assembleia-geral anual do banco.
Dois altos figurões do PS vão ser postos a mamar chorudos capitais no banco espanhol que acaba de mamar um banco aos portugueses, embolsando na operação mais de mil milhões de euros…
Qualquer cidadão digno do nome de português rejeitaria a oferta com que o Santander procura comprar os traidores ditos socialistas.
Mas António Vitorino e Campos e Cunha não são nem socialistas nem portugueses. Eles fazem parte daquele grupo de traidores que estão a vender Portugal por um prato de lentilhas, ou por um par de sapatos, como também acontece…
António Vitorino, Campos e Cunha, Maria Luís Albuquerque, Victor Gaspar e umas centenas de outros mais, todos dos partidos do arco do tacho e do arco da mama, são criminosos que vendem o nosso país e não lhes acontece nada. Comparado com esta canalha, Sócrates é um anjinho. Mas a verdade é que não lhes acontece nada.
Se António Vitorino e Campos e Cunha tivessem o mínimo de vergonha na cara, haveriam rejeitado imediatamente o convite do Santander. É que o convite do Santander é altamente humilhante até para os próprios traidores mamadores, mesmo sem cara e sem vergonha.
Com efeito, a proposta de eleição dos órgãos sociais do Santander para o triénio de 2016/2018, apresentada para votação na assembleia-geral do próximo dia 31 de Maio, na qual proposta estão incluídos os nomes de António Vitorino e Campos e Cunha, está condicionada, como se colhe da leitura da própria proposta, à verificação prévia dos seguintes requisitos:
“1. Não oposição pelo Banco de Portugal às alterações do contrato de sociedade de que foi notificado em 27 de Abril de 2016; 2. A autorização para o exercício de funções dos membros do órgão de administração e fiscalização pelas entidades de supervisão competentes é condição necessária para o exercício das respectivas funções.” |
A coisa é simples de entender: o António Vitorino e o Campos e Cunha, figurões do partido que está no poder – governo de António Costa, com o PCP e Bloco de muletas – podem entrar para a leitaria do Santander e poderão mamar à vontade, mas, para tanto, é preciso:
- • Que o Banco de Portugal aprove as alterações de contrato de sociedade que o Santanderapresentou ao BdP em 27 de Abril de 2016.
- • Que as entidades de supervisão competentes autorizem todos os membros das listas dos órgãos sociais, apresentados pelo conselho de administração do Santanderà assembleia-geral de 31 de Maio de 2016, a exercer as suas funções de membros dos órgãos dirigentes.
Mamar, sim, podem! Mas devagar… Só mamarão se persuadirem o Banco de Portugal e as entidades de supervisão a aprovar o que o Santander quer… Então podem mamar à vontade!
Onde é que já se viu disto?! Isto não é um país: isto é uma república das bananas. A própria corrupção – e a traição – são negociadas em público! E ninguém vai preso…
Operários portugueses: é preciso correr com esta quadrilha de gatunos.
18.05.2016
Arnaldo Matos
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