EDITORIAL
Os Socialfascistas a Reboque
Da Semana das 35 Horas…
Arnaldo Matos
Há em Portugal três partidos da direita: o CDS de Assunção Cristas, o PSD de Passos Coelho e o PS de António Costa. O PS de António Costa é pois o terceiro partido da direita.
Há, depois, o partido socialfascista, o PCP de Cunhal e de Jerónimo de Sousa, que é socialista, e às vezes até invoca o nome de comunista, nas palavras, mas inteiramente fascista nos actos, na ideologia, na teoria, na política e nos métodos de trabalho.
Em Dezembro último, os socialfascistas de Jerónimo atrelaram-se ao terceiro partido da direita, o partido dito socialista de António Costa.
Esta aliança do PCP de Jerónimo de Sousa com o PS de António Costa é uma traição aos interesses da revolução e aos princípios do proletariado e do comunismo. Com esta aliança reaccionária, António Costa pode governar à vontade, umas vezes com o apoio parlamentar expresso do PCP, como sucedeu no caso do orçamento de estado, orçamento anti-operário e anti-popular, outras vezes com o apoio do CDS e do PSD, como sucedeu no caso da aprovação da entrega do Banif à banca espanhola.
Os socialfascistas do PCP e da Intersindical, no seu papel traidor de muleta do PS, intentam atrelar a classe operária e os sindicatos dos trabalhadores à política austeritária de Bruxelas, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional, isto é, procuraram atracar o proletariado às exigências da Tróica e da Alemanha.
Nos primeiros dias de Fevereiro passado, o Comité Central do Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP) desmascarou uma vez mais a política de traição operária do PCP socialfascista e conclamou todos os operários, operárias, trabalhadoras e trabalhadores portugueses, tanto do sector público como do sector privado, a organizarem--se de norte a sul e de lés-a-lés para exigirem a semana das 35 horas de trabalho, sob uma fórmula que se tornou célebre e entrou no coração e nos olhos do proletariado revolucionário e das massas trabalhadoras:
35 Horas Semanais
7 Horas por Dia
5 Dias por Semana
2 Dias de Descanso Semanal (Sábado e Domingo)
25 Dias Úteis de Férias por Ano
Em Março, o nosso Partido afixou por todo o país painéis coloridos com as reivindicações da semana das 35 horas e demais exigências complementares. As reivindicações da semana das 35 horas tornaram-se virais e são hoje as mais importantes reivindicações políticas do proletariado e das massas trabalhadoras em toda a nação portuguesa.
Enquanto isto, o partido socialfascista de Jerónimo de Sousa, traindo uma vez mais e sempre os trabalhadores da função pública, que já tinham conquistado a semana das 35 horas em 1988 e a viram usurpada pela Tróica e pelo governo de Coelho/Portas em 2011, concordou com o PS em que, mesmo os funcionários públicos, não poderiam recuperar imediatamente a semana roubada das 35 horas, devendo resgatá-la a pouco e pouco e só a partir do próximo mês de Julho…
Assim, e numa primeira fase da sua política de muleta do PS e do governo de António Costa, os socialfascistas do PCP aceitaram que, mesmo quanto à função pública, a semana das 35 horas, conquistada há quase vinte anos, só regressasse por fases e a partir do próximo mês de Julho. É a mais miserável das traições devidas ao partido socialfascista de Barreirinhas Cunhal e de Jerónimo de Sousa.
Na altura em que assinaram com o governo de António Costa esta miserável traição à semana das trinta e cinco horas para a função pública, a bancada parlamentar do PCP nem queria ouvir falar na semana das trinta e cinco horas para todos os trabalhadores e trabalhadoras portugueses, de todos os sectores públicos e privados.
Foi então que o PCTP/MRPP, denunciando a traição socialfascista, saltou para a ribalta política e veio exigir a semana das 35 horas para todos, e imediatamente.
A justa política do Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP) galvanizou o proletariado revolucionário e todas as classes trabalhadoras em Portugal inteiro.
Ontem, terça-feira, dia 12 de Abril, o grupo parlamentar dos socialfascistas do PCP pôs-se a reboque da semana das 35 horas para todos, na esperança de esconder a traição que havia negociado com o terceiro partido da direita – o PS de António Costa – traição que consistiu em não exigir o retorno imediato da semana das 35 horas roubada a todos os trabalhadores da administração central, regional e local pela Tróica e pelo governo cripto-fascista de Coelho/Portas, e traição que adiava para as calendas gregas (os gregos nunca tiveram calendas, como se sabe…) a devolução da semana das 35 horas a todos os operários, operárias, trabalhadoras e trabalhadores do sector público e do sector privado.
Modéstia à parte, porque não fizemos mais do que o nosso dever de comunistas revolucionários, fomos nós, PCTP/MRPP, que tomámos em mão o papel dirigente da mais importante luta política da classe operária nos últimos quarenta anos, desde a conquista da semana das 40 horas imposta pelas massas proletárias em todas as fábricas e empresas do país em 1975, sob a direcção do então MRPP, e sempre contra a traição do partido de Barreirinhas Cunhal.
Operárias e operários portugueses: não tenhais ilusões! Os socialfascistas de Jerónimo de Sousa e de Arménio Carlos, do PCP e da Intersindical, não pretendem a semana das 35 horas para todos os operários e trabalhadores de todos os sectores; eles viram-se apenas obrigados a atrelar-se a reboque desta luta, porque ela incendiou a vontade e alma de todos os trabalhadores e operários do país. Mas a intenção clara dos socialfascistas, aliás já publicamente declarada em Janeiro passado, é a de adiar a luta pela campanha da semana das 35 horas, tal como já haviam combinado com o terceiro partido da direita, com o PS e o governo de António Costa.
Camaradas!
Multipliquemos os nossos esforços na condução da luta de todos os operários e trabalhadores, trabalhadoras e operárias, pela semana das trinta e cinco horas. E, a partir de agora, a nossa tarefa é mobilizar e organizar todos os que trabalham para aprovarem, em plenários das fábricas e empresas, tal como o fizemos em 1975 para a semana das 40 horas, a seguinte moção:
Reunidos em Plenário no dia ………, às tantas horas, as trabalhadoras e os trabalhadores da empresa ... … …, em tal
sítio, aprovaram, para aplicação imediata na empresa, a semana das 35 horas:
35 Horas Semanais
7 Horas por Dia
5 Dias por Semana
2 Dias de Descanso Semanal (Sábado e Domingo)
25 Dias Úteis de Férias por Ano
Esta é a mais importante luta política do proletariado português nos últimos 40 anos!
Operário: organiza na tua fábrica a comissão de luta pela aplicação imediata da semana das 35 horas!
Reforcemos as Brigadas Alexandrino de Sousa!
Venceremos!
13.04.2016
Dar Voz a Quem Não Tem Voz
Oeste
Um exemplo de liquidação do SNS
Recebemos de um nosso leitor a carta que expressa a preocupação quanto ao previsível encerramento do hospital de Torres Vedras e que, abaixo, transcrevemos na íntegra
Exmos Srs,
Meu nome é Patrick Francisco, tenho 46 anos, e sou residente em Torres Vedras.
Tomei a liberdade de deixar aqui uma reflexão sobre uma questão fundamental para os cuidados de saúde na Região Oeste de Portugal.
Um dos temas que tem suscitado grande preocupação entre os torrienses e em toda a Região Oeste, está relacionado com o acesso aos serviços hospitalares. Até agora, a Região Oeste tem sido servida por 3 Hospitais, nomeadamente em Torres Vedras, Caldas da Rainha e Peniche.
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