CULTURA
Sabra e Chatila
Sabra e Chatila
E o sangue espalha-se de cobardia
Sopram ventos de balas assassinas
Caem os heróis de uma Pátria roubada
Em chão de pó e pedras
Pedras árabes de exílio forçado
Naquele Setembro negro de ódio
Corre o filho que procura a mãe
Mãe que chora outro filho nos braços
Aleluia, aleluia, salvé irmãos
Não se calam as metralhas no meio do choro
E elevam-se no cântico aterrador
Sorrindo o muro das lamentações.
Setembro1992
(Dez anos passados sobre a ignomínia)
Alberto de Sousa