CULTURA
As vozes das guerras
As vozes das guerras
(que matam os frutos da vida de paz)
E das sombras e das poeiras das decisões
Reunidos os dignatários das ordens
Sem coros de aprovação em desprezo
Ergue-se o rasto de miséria civilizacional
Monta-se a floresta de armas e autoritarismo
Usando corpos jovens por farda arrancados
Sem desígnios para pisar e matar mas comandados
Parte a flor da renovação de uma Pátria
Gente que produziu das armas às provisões
E voltam irrecuperáveis ou póstumos medalhados
Deixando para trás vítimas da bala irracional
A destruição da reconstrução intencional
De um lado famílias dilaceradas por imposição do dever
Do outro multidões errantes em busca do lugar e do ser
Terror de vozes sem razões e à margem das Instituições
Pelo saque e hegemonia na mentira montados
O imperialismo impondo a sua bandeira nacional
Na arrogância de vitórias perdidas fora de terra mátria
Países roubados de energias que os povos vão pagar
Mas porquê se não falta na História lições para tirar.
Março de 2022
Alberto de Sousa