PAÍS
Em frente por uma fortíssima greve geral! - Unir as lutas em curso em torno do objectivo político do derrube do governo!
- Publicado em 11.09.2012
Muitos milhares de trabalhadores, a exemplo dos combativos trabalhadores do sector dos transportes, preparam-se para encetar diversas greves, erguendo-se contra o novo código de trabalho e a denúncia de acordos colectivos de trabalho (ACT).
Assim, nos próximos dias 17, 18 e 19 de Setembro, os trabalhadores da GALP estarão em greve por melhores salários, e contra as alterações terroristas ao código de trabalho. A greve de três dias dos trabalhadores das empresas do grupo Galp Energia, abrangerá cerca de 4.000 trabalhadores, do universo da Galp Energia nas áreas da exploração, da produção, das refinarias e da distribuição.
Não contando ainda com a última benesse de Passos em matéria de redução da TSU, os lucros desta empresa, no 1.º semestre de 2012, atingiram quase 200 milhões de euros, a que se juntam mais 160 milhões de euros em incentivos fiscais.
Os trabalhadores aqui envolvidos, denunciam com grande firmeza o aumento da exploração, através do aumento da duração do tempo de trabalho (vários dias de trabalho à borla); a diminuição dos salários, por via da redução do valor/hora de trabalho, bem como a redução brutal no pagamento do trabalho extraordinário, dos feriados e outras retribuições; a eliminação dos descansos compensatórios, de dias feriados e dias de férias e o aumento da comparticipação dos trabalhadores nos regimes do seguro de saúde.
Entretanto, os trabalhadores do sector marítimo e portuário estarão em greve, entre os dias 17 e 24 de Setembro, contra a revisão do regime jurídico do trabalho portuário. A ser aprovado, esse regime pode levar ao despedimento de metade dos trabalhadores do sector.
O Sindicato dos Capitães, Oficiais Pilotos, Comissários e Engenheiros da Marinha Mercante declarou greve das 00h de 17 de Setembro (segunda-feira) até à meia-noite de 18 de Setembro (terça-feira), o mesmo período do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado.
Os sindicatos dos trabalhadores portuários do Centro e Sul (que inclui Lisboa, Setúbal e Figueira da Foz), Caniçal, Sines, Aveiro e Viana do Castelo declararam greve das 00h de 19 de Setembro (quarta-feira) até às 08h de dia 21 (sexta-feira).
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias convocou a greve para a totalidade dos dias 21 e 24 de Setembro (de sexta-feira a segunda-feira), de acordo com os pré-avisos destinados aos portos do Continente, Madeira e Açores.
Mais do que nunca, impõe-se que este movimento grevista – que revela uma forte e inquebrantável disposição de resistir às medidas terroristas de um governo de traição nacional – se alargue e unifique, concentrando-se na realização de uma greve geral nacional, propondo-se, como seu objectivo politico fundamental, o derrube do governo PSD/CDS.
O recente ataque terrorista anunciado na última intervenção de Passos Coelho vem pôr termo a quaisquer ilusões que alguns vinham alimentando – não há qualquer hipótese de mudança de políticas sem derrubar este governo e formar um governo democrático patriótico em sua substituição.
Estas lutas em conjunto com a continuação das lutas previstas no sector dos transportes, mostra que os trabalhadores não estão dispostos a ceder nos seus direitos, direitos esses que paulatinamente vão sendo roubados por este governo vende-pátrias.
Estes combates sem tréguas têm de encaminhar para um objectivo comum, que tem de ser o derrube do governo de traidores, sabujos da dos ditames da Tróica e a imposição em seu lugar de um governo democrático patriótico. Este governo imporá uma economia ao serviço do trabalho em detrimento do capital, lutará pela independência nacional, atacando com todas as energias o desemprego.
Não há tempo a perder!