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A Intersindical e o governo - Um beco sem saída para a luta dos trabalhadores

manif-01Em entrevista dada hoje a um canal de televisão – RTP Informação - na véspera de um encontro da CGTP com Passos Coelho, Arménio Carlos, depois de expor as denúncias da central sindical sobre a política terrorista do governo PSD/CDS, designadamente, a que se prende com as recentes medidas de alteração da legislação laboral com vista à liquidação da contratação colectiva e da manutenção do roubo do salário nas horas extraordinárias, foi questionado sobre o que pensava esta central sindical fazer perante a mais que expectável posição do primeiro-ministro de nada ceder.

Até aí muito loquaz, Arménio Carlos entupiu, desviou a conversa para outras paragens e, o mais longe até onde conseguiu ir em matéria de resposta da Intersindical, foi a de ameaçar o governo com uma maior mobilização para ... uma (outra) manifestação.

Arménio Carlos e a Intersindical, apesar de concluírem que nada há esperar do governo de traição nacional PSD/CDS senão a continuação da sua política de austeridade, imposta pela permanência do país no Euro e de admitirem que a concertação social apenas serve para o governo obter a cobertura para aquela sua política por parte do patronato e da UGT, apesar de tudo isto, insistem – a exemplo do PCP – em pedir audiências a Passos Coelho e a manterem-se no diálogo da nova câmara corporativa que dá pelo nome de concertação social.

Arménio Carlos mostrou, mais uma vez, de forma lastimável que não tem qualquer alternativa revolucionária para a revolta operária e popular contra a política deste governo e que, no fundo, ao seguir a sua actual estratégia de canalizar a luta dos trabalhadores pelo derrubamento do governo para sucessivas e cada vez mais desmobilizadoras manifestações, está a conduzir o movimento operário e popular para um beco sem saída.

Tal como o PCP, Arménio Carlos está a utilizar a Intersindical para, sob uma aparente e recente consigna de demissão (e não derrube) do governo, ir arrastando a situação até às próximas eleições - que, deste modo e por (in)acção dela, nunca serão antecipadas - e capitalizar o descontentamento do povo sofredor para fins meramente eleitoralistas.

Os trabalhadores têm, contudo, uma outra alternativa de luta, pela qual se devem bater e impor aos seus sindicatos e que é a única que pode conduzir ao derrubamento do governo de traição nacional Coelho/Portas – a realização de uma greve geral nacional de 48 horas com esse único objectivo.

Ao contrário do que a corrente oportunista no movimento sindical pretende, os operários, trabalhadores, reformados, estudantes, democratas e patriotas estão determinados e têm força para derrubar este governo e para constituírem um novo governo de unidade democrática e patriótica que conduza a saída de Portugal do Euro e restitua a liberdade e soberania ao país e não deixarão de escolher uma direcção revolucionária para atingir esses objectivos.


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