PAÍS
A declaração de Cavaco - Um plano antipatriótico e fascista
- Publicado em 10.07.2013
Ninguém de bom senso poderia esperar outra coisa de Cavaco senão a decisão de manter este governo de traição nacional, pelo que a única atitude relativamente a esta declaração deveria ter sido a de o deixar a falar sozinho.
Mas Cavaco não fez só questão de perpetuar este governo, incumbindo-o de tomar todas as medidas terroristas que se tornarem ainda necessárias para pagar uma dívida impagável e de liquidar de vez a nossa soberania e capacidade de desenvolvimento económico autónomo.
Cavaco fez agora questão também de revelar claramente o seu ódio visceral e fascista a qualquer alternativa democrática, designadamente, a que passasse pela realização de eleições, que para ele só lançam a confusão e constituem apenas um perigo para a submissão do país aos ditames da tróica germano-imperialista.
Para além de que, proibindo eleições até Junho de 2014, para Cavaco elas tornar-se-iam inúteis mesmo depois dessa data, visto que o chamado compromisso de salvação nacional entre PS, PSD e CDS que procura impor impediria de discutir ou definir democraticamente quaisquer outras alternativas.
Cavaco mostrou, afinal, e tal como sempre defendemos, que com ele não existe qualquer alternativa democrática e patriótica para a saída da crise que passa necessariamente pelo derrube deste governo de traição nacional, impedindo que a contra-revolução possa consumar o objectivo de esmagamento da classe operária e da democracia.
Sendo lamentável que ainda houvesse alguém com ilusões de que Cavaco não se portasse como um traidor e antipatriota, não há agora lugar a quaisquer hesitações quanto à necessidade de intensificar o combate pelo derrubamento do governo e de Cavaco.
Cavaco e Governo para a rua!
Por um governo democrático patriótico!