PAÍS
O canto da sereia de Seguro quando se inicia a 7ª “avaliação” da tróica
- Publicado em 26.02.2013
No dia em que uma “comissão técnica” aterra em Portugal, conspurcando o nosso país, ao serviço dos senhores coloniais que sustentam a tróica germano-imperialista, o inefável secretário-geral do PS, António Seguro, “reclama” que o que pretendia é que a delegação dos invasores e novos senhores coloniais tivesse uma natureza “mais política”!
Uma variante da “tróica de esquerda” que este oportunista não se cansa de propalar, fazendo crer que existe uma “tróica” mais suave do que aquela que tem ditado as medidas terroristas e fascistas que o governo dos serventuários Coelho e Portas tem imposto aos trabalhadores e ao povo português.
Um invasor que para transformar Portugal num protectorado do imperialismo germânico, apesar de impôr o roubo dos salários e do trabalho, apesar de destruir a escola pública e o SNS, apesar de empobrecer o nosso povo, ainda assim, poderia fazê-lo de forma mais “suave” e “menos dolorosa” para quem está a ser expoliado e remetido para uma condição de fome e miséria, não fora o “extremismo” de PSD e CDS que, segundo este canalha, querem ser “mais papistas que o papa”.
Bem pode o vendedor de “banha da cobra” Seguro, tentar vender a ideia de que existe uma forma mais “suave” e “menos dolorosa” de “aliviar” o fardo a quem está a ser espoliado e remetido para uma condição de fome e miséria que já representa um retrocesso histórico aos tempos mais negros do fascismo e do poder salazarista!
Não há que ter ilusões. O que Seguro defende não é o derrube deste governo, mas sim que se “mudem as políticas”, isto é, que mantendo todas as medidas terroristas e fascistas no essencial, se dê alguma iulusão de alívio a quem é explorado. Tão pouco rejeita o pagamento de uma dívida que não foi contraida pelo povo, nem o povo dela beneficiou. O que Seguro defende é que o “negócio da dívida” que o seu partido alimentou e ajudou a crescer, se mantenha e frutifique de molde a que todos aqueles que se têm sentado à mesa do orçamento – e há mais de 30 anos que têm sido invariávelmente os mesmos, PS e PSD, por vezes com o CDS pela trela -, dele retirem alguns benefícios.
Tal como Ulisses não se deixou encantar pela melodia das sereias que o queriam destruir, também os trabalhadores e o povo português não se deixarão iludir pelas cantigas de Seguro. E vão demonstrá-lo já no próximo dia 2 de Março, nas ruas, onde vão proclamar que a única saída para a crise e para a dívida passa pelo derrube deste governo de traição e pela constituição de um governo democrático patriótico.
Governo que, para além de suspender de imediato o pagamento da dívida e dos juros agiotas, levará a cabo um programa de reconstrução do tecido produtivo destruído e de investimentos produtivos e criteriosos, preparará o país para uma eventual saída do euro e tirará proveito da posição geoestratégica única do nosso país.
Sempre numa perspectiva de satisfazer as necessidades do nosso povo e de levar a cabo uma política independente, implementando relações com outros países, não na base da exploração e da humilhação, mas sim no respeito pela independência de cada um dos intervenientes e em vantagens recíprocas.