CampanhaFundos202206

IBAN PT50003502020003702663054   NIB 003502020003702663054

PAÍS

Oh, Arménio Carlos! - Não é Cavaco que tem uma palavra a dizer…É o povo!

2012-09-15-manifestacao 03Brada aos céus! E, sem que nesta expressão se possa vislumbrar qualquer crendice em poderes superiores, brada aos céus o facto de, após uma manifestação que levou à rua, se não todas, praticamente todas as camadas e sectores de classe populares do nosso país, desde operários a professores, intelectuais a jovens licenciados sem emprego, de precários a desempregados, de pequenos e médios empresários de vários sectores de actividade económica arruinados ou em vias disso, que venha Arménio Carlos, secretário geral da CGTP, declarar na conferência de imprensa em que falou, na refinaria da GALP em Leça da Palmeira, Matosinhos, que “pensamos que o senhor presidente da república tem uma palavra importante a dizer!”

Para quem, minutos antes, parecia estar a denunciar aqueles que dão a ideia de recuar “para baralhar e deixar tudo na mesma, em vez de cair, então, para nós, é melhor que caia e caia já”, referindo-se, obviamente, ao governo de traição Passos/Portas, sugerir que é no presidente Cavaco que os trabalhadores e o povo português têm de confiar a liderança da sua luta pelo derrube deste executivo serventuário da tróica germano-imperialista, só pode ser considerado uma pura manifestação de oportunismo capitulacionista!

Como é possível que o líder da CGTP se desloque à GALP, para, segundo afirmou, prestar solidariedade aos trabalhadores que iniciaram uma das greves mais prolongadas e combativas da história daquela empresa, demonstrando um elevado nível de consciência política, uma greve com níveis de adesão da ordem dos 95%, e não contextualize a luta destes trabalhadores na luta mais geral do povo português, na vontade expressa na manifestação de 15 de Setembro de derrubar este governo vende pátrias, não aproveitando a ocasião para anunciar a marcação de uma Greve Geral Nacional, a sério, com esse objectivo político inscrito no programa de luta?

Uma no cravo e outra na ferradura, como sempre! Ao mesmo tempo que balbucia um inconsequente “…é melhor que caia já”, apela a Cavaco que assuma “o veto político a este governo e a esta política”, sempre no registo oportunista que o partido que mais influencia aquela central sindical – o PCP – utiliza, tentando fazer crer que os trabalhadores e o povo se dariam por “satisfeitos” se o governo “mudasse de políticas”.

O que 1 milhão de trabalhadores e elementos do povo reclamaram bem alto no passado dia 15 de Setembro, nas ruas, praças e avenidas de cerca de 40 cidades do nosso país, foi a queda deste governo e a expulsão da tróica germano-imperialista, que serve, do nosso país. Vontade bem expressa num estrondoso clamor de “Passos para a rua, o Povo vencerá!” e “FMI fora de Portugal”. E, o sentimento geral que Arménio Carlos, por mais que tente não conseguirá escamotear, é que o mandato popular que saiu desta grandiosa manifestação, foi o da convocação imediata de uma Greve Geral Nacional que inscreva no seu programa político o derrube do governo Passos/Portas e a expulsão do FMI e restante tróica do nosso país.

E não que se aguarde que a “santa da ladeira” que habita no palácio de Belém, e dá pelo nome de Cavaco, faça algo que nunca se poderá esperar dele, isto é, que promova o derrube do governo que leva a cabo, de forma canina, a execução das medidas terroristas e fascistas que a tróica germano-imperialista lhes dita. Isto porque os interesses que está apostado em defender são os mesmos que os traidores Passos e Portas defendem, os interesses dos grandes grupos financeiros e bancários que têm ensacado lucros fabulosos à custa de uma dívida que, ainda hoje, não se sabe a quanto monta, não se sabe a quem se deve e não se sabe porque é que se deve.

O povo, os trabalhadores, apenas sabem que, em nome dessa dívida que não contraíram, e da qual nada beneficiaram, lhes é “dado” em troca, mais miséria, mais fome, mais desemprego e precariedade, maior número de falências, destruição do pouco que resta do nosso tecido produtivo, dificultação do acesso ao ensino e à educação, carestia de vida e aumento de impostos, perda de soberania nacional.
E é com esse estado de coisas que vão acabar. Derrubando este governo e constituindo um governo democrático patriótico. E não será “exigindo” as famigeradas “mudanças de políticas” e, muito menos, esperando que seja Cavaco a promovê-lo.


Partilhar

Adicionar comentário


Código de segurança
Actualizar

Está em... Home País POLÍTICA GERAL Oh, Arménio Carlos! - Não é Cavaco que tem uma palavra a dizer…É o povo!