PAÍS
Agora em Borba, mais vaias e apupos para Passos - Quem com pedras mata…com pedras morre!
- Publicado em 17.07.2012
Nem esta visão assistencialista e misericordiosa de Passos Coelho o safa! É certo que ainda lançou a primeira pedra para a construção de um centro para deficientes profundos que está a ser construído pela União das Misericórdias Portuguesas.
Mas, ao contrário da fábula religiosa que desafia a que atire a primeira pedra quem nunca pecou, o povo apedrejou, literalmente, com vaias e apupos, este primeiro-ministro de um governo de traição, serventuário da tróica germano-imperialista, quando ele teve a distinta lata de vir a Borba, à Cevalor, apadrinhar o Congresso sobre o sector da pedra natural!
Por mais variadas e imaginativas que sejam as iniciativas para tornar mais popular este governo de traidores e os seus membros, o povo encarrega-se de os despertar para a realidade de que nunca aceitará pagar uma dívida que não contraiu, nem foi contraída para seu benefício, a não ser, como é o caso, à custa da aplicação de medidas terroristas e fascistas e da ameaça e consumação da mais feroz repressão policial.
Organizados pela União dos Sindicatos do Distrito de Évora (USDE), mais de uma centena de trabalhadores e elementos do povo apuparam e vaiaram o chefe de um governo que mais não tem feito do que seguir caninamente as instruções da chancelerina Merkel e do FMI, fazendo ecoar pelas ruas de Borba palavras de ordem como Com o Passos a mandar o país vai-se afundar, O FMI não manda aqui! e Os salários a baixar e os lucros a aumentar!
Estão em crescendo as manifestações de repúdio, seguidas de vaias e apupos. Só Passos Coelho já contabiliza mais de meia dúzia de recepções deste tipo por parte de trabalhadores e massas populares.
É absolutamente necessário, no entanto, que todas as camadas populares, de esquerda, se organizem em torno de uma frente que tenha por objectivo passar a um patamar superior da luta, isto é, o derrube deste governo e a constituição de um governo democrático patriótico, única saída para que se obtenha o repúdio de uma dívida ilegal, ilegítima e odiosa e se consiga construir um novo paradigma para a economia, colocando-a ao serviço de quem trabalha e controlada pelos trabalhadores.