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PAÍS

E as vaias e os apupos continuam... O povo não dá nem dará tréguas a um governo de traição nacional!

Lembrar-se-ão certamente de que, ao comentarmos as vaias e os apupos de que têm sido sistemáticamente alvo o primeiro-ministro Passos Coelho, Cavaco Silva, o “licenciado” Relvas ou o sorridente Alvaro Santos Pereira, entre outros, sempre afirmámos que esta crescente contestação popular mais não se tratava do que o exercitar das forças e capacidades do povo para realizar o objectivo de derrubar este governo serventuário da tróica germano-imperialista.

Pois bem, a confirmar que temos razão nas apreciações que fazemos, aí está o movimento a ganhar amplitude, força, organização e originalidade, de tal modo que já nenhum ministro, secretário de estado ou representante deste governo, escapa aos apupos e vaias do povo, onde quer que decida ir. Muito provavelmente, num futuro mais próximo que longínquo, pensarão mesmo se deverão sair à rua. Até que a rua seja o destino que os trabalhadores e o povo lhe reservem em definitivo!

No passado dia 4 de Julho, foi Passos Coelho que teve de evitar o confronto com sindicalistas e trabalhadores que se concentraram à frente das instalações da Bosch para lhe manifestarem o seu repúdio pelas medidas terroristas e fascistas que ele e o seu governo persistem em lançar contra os trabalhadores, para os obrigar a pagar uma dívida que não contraíram, nem foi contraída para seu benefício.

No dia 6 de Julho, Passos Coelho viria a ser de novo vaiado e apupado, desta feita na Figueira da Foz, por mais de uma centena de trabalhadores, aquando da sua visita a uma empresa vidreira daquela cidade que comemora um quarto de século de existência.

No mesmo dia, calhou a vez ao secretário de estado do (Des) Emprego, Pedro Silva Martins, a merecer uma condigna recepção de sindicalistas e representantes da Comissão de Utentes da Via do Infante (a A22), tendo sido profusamente vaiado e apupado à sua chegada à Biblioteca Municipal de Vila Real de Santo António, onde ia participar na cerimónia da apresentação do Plano Municipal de Emprego, o que não deixa de ser uma provocação miserável quando sabemos que o Algarve é a região do país onde se registam os maiores índices de desemprego e precariedade do país.

Neste mesmo dia, que representou uma autêntica “hecatombe” de vaias e apupos para os membros do governo, Miguel Relvas foi de tal modo assobiado pelas cerca de duas mil pessoas presentes na cerimónia de abertura da VIII edição dos Jogos da CPLP que, não só não conseguiu ser ouvido, como, visivelmente agastado foi obrigado a abreviar o discurso.

A encerrar esta sexta-feira negra para a classe dominante e seu sistema político, foi a vez de Cavaco Silva ser vaiado e apupado em Vila Nova da Barquinha, durante uma visita ao Parque de Escultura Contemporânea onde teve a distinta lata, respondendo às questões que vários jornalistas lhe colocaram acerca do Acórdão do Tribunal Constitucional que considerou inconstitucional o confisco dos subsídios de férias e de natal aos trabalhadores da função pública e aos pensionistas (apesar de ter “perdoado” esse roubo para o corrente ano), de afirmar que não suscitou a fiscalização preventiva do OE para 2012 porque…temia que o país pudesse ficar sem esse instrumento! Um instrumento que se revela de exploração terrorista e fascista sobre o povo e sobre quem trabalha, claro!

Sendo certo que esta forma de luta, que apoiamos, ajudamos a organizar e nela participamos activamente, é correcta, não menos certo é de que ela tem de ser entendida não como um fim em si mesmo, mas como um exercício para ganhar músculo e levar a luta para outros patamares. Estas lutas têm de representar os milhares de riachos da contestação popular que terão de confluir no grande rio da revolta dos trabalhadores e do povo, cuja corrente possua a energia e a força para derrubar este governo de traição, levando à constituição de um governo democrático patriótico, cuja primeira medida seria o repúdio da dívida, afectando todos os recursos financeiros que neste momento o governo de traição está a desviar para alimentar os grandes grupos financeiros e bancários, sobretudo alemães, pagando-lhes juros faraónicos, para um plano económico ao serviço de quem trabalha, e controlado pelos trabalhadores, que promovesse emprego, bem-estar e independência nacional.


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