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Partido

Razões da marcação do
II Congresso Extraordinário

O I Congresso Extraordinário do Partido realizou-se no dia 18 de Setembro de 2020 há, portanto, dois anos e meio. Foi um Congresso de vida do Partido, na sequência da morte do camarada, num momento de deserção de um certo número de oportunistas, que aproveitaram o momento para abandonar definitivamente o caminho da revolução a que se seguiu a histeria da pandemia em nome da qual se decretou um verdadeiro golpe de Estado, com a aplicação das medidas mais opressivas e reaccionários. O Comité Central eleito nesse Congresso teve como objectivo principal criar, no espaço de um ano, as condições para a realização de um futuro e vitorioso Congresso que preparasse as forças para os combates que se avizinhavam.

Contudo, essas condições não só não foram criadas como a luta pelo reforço e vida do Partido se agudizou, sem que dela resultasse um movimento decidido e disposto a organizar o Partido, capaz de encabeçar as lutas contra os sucessivos ataques da burguesia. O policentrismo e os pontos de vista pequeno burgueses que já dominavam o Partido, impediram que se criasse a unidade necessária com vista à definição de uma linha política, ideológica e organizativa do partido comunista operário.

A falta de unidade manifestou-se, desde logo, no seu núcleo dirigente, que se dividiu e fragmentou com abandonos sucessivos, sempre em nome do Partido, mas que persistiram em ser fugas, centradas em disputas pessoais e mesquinhas, sem que se travasse uma verdadeira luta ideológica, recorrendo-se, pelo contrário, ao insulto pessoal, conduzindo o Partido a um autêntico pântano, de trocas de mails, de discussões em praça pública, fugindo da discussão nas respectivas organizações como é próprio de um partido comunista e que se traduziu na destruição de algumas delas. A par com estes ataques internos, o Partido teve de se confrontar com imposições sistemáticas a nível financeiro, cujo único objectivo é, como todos sabemos, a sua ilegalização pela via administrativa.

Neste contexto interno, que mais não é do que o reflexo directo da crise do capitalismo globalizado e mundializado em luta pela hegemonia, saque de recursos, sobretudo o energético e de minerais raros, assim como o domínio comercial, e neste ponto não podemos esquecer a verdadeira ofensiva que constitui a Rota da Seda, a qual já estaria a acontecer não fosse a guerra inter-imperialista em pleno desenvolvimento, urge discutir que partido temos e que partido queremos, para que se possa definir o caminho a seguir, seja ele qual for.

A situação do Partido, a situação política nacional e internacional exigem que se proceda a um balanço sério do trabalho desenvolvido, que tenha por base a crítica e auto-crítica, e que se caracterize de for-ma clarividente o momento de crise que o capitalismo/imperialismo atravessa, defrontando-se numa luta de morte que acabará por colocar na arena a classe dos proletários em confronto com a classe dos capitalistas, e que se defina a linha política a seguir.

O Comité Central, ao ser eleito no último congresso, assumiu responsabilidades das quais tem a obrigação de prestar contas ao Partido, desfazendo equívocos e ambiguidades, o que deve ser feito o mais célere possível, para que o Partido se possa reorganizar.

Assim, ponderados os aspectos atrás referidos, assim como a necessidade de organizar uma logística, que esteja de acordo com a situação financeira do Partido, o Comité Central decidiu marcar o próximo Congresso para o dia 1 de Abril de 2023, em Lisboa.


Todos os elementos do Comité Central eleitos no último Congresso deverão estar presentes, de forma a que seja apresentado e discutido o respectivo balanço político.

11Março2023

O Comité Central

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