Partido
- Publicado em 20.02.2021
O Marxismo é a nossa Estratégia
Evocar o Camarada Arnaldo Matos
Passam, na próxima segunda-feira, dia 22 de Fevereiro, dois anos após o desaparecimento físico do camarada Arnaldo Matos.
Na impossibilidade de uma homenagem presencial, o Comité Central, conclama todos os militantes e simpatizantes para, de uma forma organizada (como já está a acontecer) ou, se tal não for possível, individualmente, estudarem e discutirem os documentos que o camarada nos deixou, com destaque para a importantíssima intervenção no 1.º de Maio de 2018, que se constitui como um verdadeiro programa para o Partido e para o movimento comunista, apontando o Marxismo como a nossa estratégia, ao mesmo tempo que releva a necessidade de se fazer uma reflexão sobre os erros cometidos durante os processos revolucionários de 1917 e 1949, como condição essencial para rejeitar de forma fundamentada e determinada a ideia da inviabilidade da sociedade comunista, provando simultaneamente que sociedade da democracia capitalista liberal não é “o estádio final do processo histórico”, como os ideólogos do capitalismo pretendem vender.
Contudo, a verdadeira homenagem, a autêntica celebração só adquire significado se se transformar em movimento, em acção, em prática.
A verdadeira evocação ao camarada é feita diariamente no trabalho e na luta pelo reforço organizativo do Partido, pelo seu alargamento, pelo contacto com as massas, pela divulgação dos estudos, análises e reflexões, objectivo que o Comité Central tomou em mãos, dando continuidade a essa divulgação no Luta Popular online e com o lançamento da colecção dos Cadernos Arnaldo Matos.
Evocar o camarada é fazer da sua luta a nossa luta, da sua determinação a nossa determinação, é não ter medo de assumir clara e frontalmente as nossa posições políticas, é não fugir da crítica e da discussão ideológica, como forma de reforçar e desenvolver o Partido. Hoje, quando se prepara o maior ataque de sempre aos trabalhadores, à classe operária, como consequência inevitável de mais uma reconfiguração do capitalismo a nível mundial, quando os partidos reformistas, revisionistas e social democratas abertamente renegam a revolução, colaborando afincadamente com a sociedade democrática burguesa pós-fascista, o PCTP/MRPP, fundado por Arnaldo Matos, é o único partido que se reivindica de Partido Comunista. E é nessa assumpção que reside a nossa liberdade e autonomia.
A morte do camarada Arnaldo Matos foi uma perda de enormes consequências para a direcção do Partido e da revolução, mas tal como ele costumava dizer, quando os ataques do capitalismo e do imperialismo atingirem um ponto insuportável, os operários vão fazer fila para desenvolver trabalho no Partido, para se inscreverem no Partido.
E, em certa medida, estamos próximos desse momento. As inscrições no Partido têm vindo a aumentar, a vontade de lutar contra a política de opressão e exploração é manifesta. E, neste caso, não haverá quem coloque em dúvida a orientação do camarada “Abram de par em par, as portas do nosso Partido aos operários. Verdadeiramente, o nosso Partido não é nosso: é da classe dos proletários.”
Portanto, a tarefa do momento é organizar, organizar, organizar, sem deixar de ter consciência de que o capitalismo se mundializou e localizou pelo que, e citando novamente o camarada: “A luta ideológica, política e organizativa pela mobilização revolucionária do proletariado, à escala nacional e mundial e, antes de tudo, pela edificação do seu partido comunista proletário marxista-leninista, está de novo na ordem do dia e deve unir os proletários de todos os países.”
Transformar a homenagem num momento laudatório de elogios e exaltações, de calendário, como alguns certamente gostariam de fazer e farão é a forma mais cruel e reaccionária de o colocar na prateleira da história, de o negar, enquanto revolucionário e dirigente político.
Seguindo o seu exemplo, lutaremos contra os ataques e as traições sob as mais diversas formas liquidacionistas e oportunistas, dos cobardes que, fugindo à luta ideológica, ao confronto de ideias, recorrendo a estratégias e tácticas sibilinas e insidiosas têm como único objectivo desagregar e destruir o Partido, colocando-se e colando-se ao que agora lhes parece mais forte, o insinuante e omnipresente capital, na vã expectativa de assistir tranquila e alegremente ao que já davam por certo, chegando a apregoar que, sem eles, o Partido não duraria mais de 2 meses!!
Honra ao Camarada Arnaldo Matos!
Venceremos!
O Comité Central