Partido
- Publicado em 10.10.2020
Todos à Romagem, no próximo dia 12 de Outubro, às 10 Horas, no Cemitério da Ajuda!
O MRPP ergue-se e luta corajosa e abnegadamente por uma sociedade de iguais, contra toda a casta de oportunistas e traidores e toda a espécie de autoritarismo e repressão fá-lo com a força das convicções e com a certeza de que é esse o único caminho a seguir.
Foi assim, com essa força e coragem, que, a 12 de Outubro de 1972, o camarada José António Leitão Ribeiro Santos, durante a chamada primavera marcelista, numa reunião contra a repressão a decorrer no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF) enfrentou, as forças fascistas, em defesa das suas justas ideias, que extravasavam a luta estudantil de crítica a um ensino elitista, acrítico e classicista, opondo-se a um regime, a um sistema, de exploração e contra a guerra colonial.
O camarada Ribeiro Santos, membro do grupo de estudantes de Direito “Ousar Lutar, Ousar Vencer” dirigido pelo Partido, militante do MRPP, e com ficha na pide desde 1967, foi assassinado aos 26 anos pela Pide, após ter sido atraiçoado pelos bufos social-fascistas!
O camarada Ribeiro Santos foi um verdadeiro comunista que defendeu com a própria vida a revolução. Mas, e sabemo-lo bem, o seu assassinato não foi em vão, desencadeando uma onda de revolta que antecipou a queda do regime.
Em honra de Ribeiro Santos e em vésperas de mais uma homenagem promovida pelo Partido, a 9 de Outubro de 1975, é assassinado pelos udpides a sangue frio, de forma consciente, como é próprio dos assassinos, o camarada Alexandrino de Sousa, intrépido militante da FEM-L (Federação de Estudantes Marxista-Leninista).
Muitos partidos gostariam de ter nas suas fileiras militantes como Ribeiro Santos e Alexandrino de Sousa, que nunca se venderam e sempre defenderam intransigentemente as suas ideias, no verdadeiro espírito de servir o Povo. E o Povo jamais os esquecerá!
Muitos querem apresentar-se como seus herdeiros, como seus continuadores, até aqueles que pululam entre o Partido e os outros partidos, ora cá ora lá ao mesmo tempo que se “queixam” de não os deixarem estar “no seu partido de sempre”!!! E os tempos que passaram no PS?
É próprio dos cobardes, dos oportunistas e de todos os que não querendo perder a face, mas desejosos de irem à sua vida, ainda acham que podem ter uma saída pela esquerda, embora andem em correria louca a informar por toda a parte, desde Tribunal Constitucional até ao INE, que já não integram o Partido, ao mesmo tempo que tentam difundir a ideia de que o Partido foi tomado por social-fascistas. É caso para perguntar: e, nessa situação eles foram embora? Entregaram o Partido a social-fascistas? É que ninguém foi expulso, até agora! Todos saíram pelo seu próprio pé! Neste caso, carregam uma grande responsabilidade: a de deixarem ao abandono o Partido!
Na verdade, já tiveram muito tempo, um ano, para dizerem claramente quais foram as propostas que apresentaram! Qual foi a luta concreta que travaram! Quais são efectivamente as divergências! Como disse o camarada Arnaldo Matos “ …não se deve ter medo de discutir, mas dentro do Partido, não fora do Partido. O que os senhores têm estado a fazer, alguns de vós, é liquidar o Partido.
Um camarada chateia-se e vai-se embora. Depois quem é que resolve o problema do Partido? Ninguém resolve. Se eu fizesse a mesma coisa, isto já tinha acabado, não sei há quanto tempo. E atenção, eu quando vim para aqui, quando pus aqueles gajos a andar, ou seja, quando escrevi aquele artigo a responsabilizá-los pelo que estava a acontecer no Partido, a minha intenção era reunir o Congresso, discutir convosco as ideias, aprovar os documentos e passar a avançar, era essa a minha intenção.” “O que me preocupa, e deve preocupar-vos a vós, é a situação política da classe operária portuguesa: o desemprego, os cortes salariais, a emigração forçada, a pobreza, a exploração e, acima de tudo isto ainda, a preparação teórica e ideológica do proletariado revolucionário para derrotar a burguesia, o sistema capitalista e o imperialismo, o que pressupõe construir um partido comunista operário que seja o estado-maior proletário na condução da revolução.”
E foi este o espírito que presidiu à realização do I Congresso Extraordinário realizado no dia 18 de Setembro.
A luta por um Partido Comunista Operário é uma luta constante, difícil, exigente e sujeita a ataques de toda a espécie. O nosso Partido nasceu e desenvolveu-se nessa luta, e dela retirou ensinamentos e ganhou experiência.
Ribeiro Santos e Alexandrino de Sousa foram dois militantes que souberam honrar o Partido. Saibamos nós honrá-los com o nosso comportamento e acção!
Todos à Romagem, no próximo dia 12 de Outubro, às 10 Horas, no Cemitério da Ajuda!
10Out2020
O Comité Central do PCTP/MRPP
Dar Voz a Quem Não Tem Voz
Oeste
Um exemplo de liquidação do SNS
Recebemos de um nosso leitor a carta que expressa a preocupação quanto ao previsível encerramento do hospital de Torres Vedras e que, abaixo, transcrevemos na íntegra
Exmos Srs,
Meu nome é Patrick Francisco, tenho 46 anos, e sou residente em Torres Vedras.
Tomei a liberdade de deixar aqui uma reflexão sobre uma questão fundamental para os cuidados de saúde na Região Oeste de Portugal.
Um dos temas que tem suscitado grande preocupação entre os torrienses e em toda a Região Oeste, está relacionado com o acesso aos serviços hospitalares. Até agora, a Região Oeste tem sido servida por 3 Hospitais, nomeadamente em Torres Vedras, Caldas da Rainha e Peniche.