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Partido

A Editora do Partido Está de Volta!

Na sua reunião de domingo passado, o comité central decidiu fundar a Editora Bandeira Vermelha, com vista a garantir a produção de livros e de documentos necessários ao estudo pelos militantes, simpatizantes e amigos do Partido e pelo proletariado em geral.

Sem teoria revolucionária não há movimento revolucionário! A teoria revolucionária do proletariado – o marxismo-leninismo – aprende-se com base em dois pilares: o estudo e a prática da luta de classes.

O estudo pressupõe a existência e produção de livros e de documentos revolucionários, sobretudo aqueles que foram elaborados por Marx, Engels e Lenine, e que constituem a base da teoria científica da revolução proletária.

Os livros clássicos do marxismo-leninismo têm de ser escrupulosamente traduzidos para a língua portuguesa, o que representa um trabalho gigantesco, para o cumprimento do qual são exíguas as forças disponíveis de momento.

Mas estamos todos entusiasmados com a dificuldade e grandeza da tarefa.

Antes do bando revisionista e liquidacionista ter tomado conta do Partido, o PCTP/MRPP tinha fundado, sob a minha direcção, a Editora Vento de Leste, que traduziu, prefaciou e publicou mais de uma centena de obras revolucionárias dos mestres do proletariado, equivalente a mais de 10 000 exemplares que chegaram às mãos dos militantes do Partido e dos operários.

Foi um esforço gigantesco e nunca visto para um partido comunista tão pequeno. Esta tarefa heróica de levar ao proletariado e a todos os revolucionários os livros dos fundadores do materialismo histórico e do materialismo dialéctico começou ainda antes do 25 de Abril de 1974, nos tempos da clandestinidade do MRPP e da FEM-L e dos dirigentes dos seus comités centrais.

Dos heróis dessa gigantesca jornada, três já nos deixaram, mas convém que a classe operária e todos os comunistas conheçam os seus nomes: José Maria Martins Soares, João Pinto e Castro e Jorge Quininha.

Mas um dos heróis das publicações revolucionárias, felizmente, ainda está vivo, embora bastante adoentado mas sempre combativo como um leão de raça: o camarada João Camacho, que fundou uma editora semi-legal de obras do marxismo-leninismo, editando designadamente o Manifesto do Partido Comunista de Marx e Engels na editora Nova Aurora, por ele fundada ainda nos tenebrosos tempos do fascismo marcelista. João Camacho, o único editor solitário revolucionário que houve em Portugal até hoje, foi aquele que, em Junho de 1975, enfrentou de peito aberto, com muitos outros camaradas, homens e mulheres, as tropas social-fascistas do Copcon de Otelo Saraiva de Carvalho e foi atingido a tiro no cérebro, tendo ficado meses às portas da morte.

A edição de obras revolucionárias do marxismo-leninismo é um aspecto muito sério da luta de classes.

Voltou pois a Editora do Partido!

A Vento de Leste também foi liquidada pelo bando liquidacionista que tem estado aos comandos do Partido até hoje. Os liquidacionista bem sabiam e bem sabem que a melhor maneira de tomar o partido comunista dos operários e fazer dele um partido revisionista, oportunista e social-fascista, é cortar todo o acesso da classe operária às obras fundamentais da teoria do marxismo e da revolução proletária. Operário que não lê nem estuda é facilmente enganado.

Voltar a pôr de pé a editora do Partido foi uma decisão histórica do comité central, que assim inflige uma poderosa derrota à clique dos capitulacionistas, aqueles papagaios que impediam o acesso dos operários e dos militantes do Partido á leitura, ao estudo e à aplicação prática do marxismo, vendendo à vontade as teorias oportunistas à classe cuja missão é a de derrubar o capitalismo e todos os seus lacaios.

Ainda levará algum tempo até que a nova editora do Partido esteja em condições económicas e organizativas de editar o Manifesto do Partido Comunista, da autoria de Marx e Engels. O estudo desta obra não deve todavia ficar à espera da sua publicação pela Editora Bandeira Vermelha. Continuemos o estudo dessa obra com os exemplares que tivermos à mão, até que possamos saudar com alegria a nova edição do Manifesto.

Fogo sobre o liquidacionismo!

10.11.2015

Arnaldo Matos



P.S. João Camacho leu esta nota e acaba de telefonar-me (14H45, de hoje), a oferecer-se para o trabalho da Editora, ele que saiu agora mesmo da consulta médica hospitalar… Amanhã, ao começo da tarde, estará cá para nos ensinar a sua experiência de editor. Doente e já entrado na idade: onde é que já se viu tamanha dedicação ao Partido e à revolução?!



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