Partido
Os mesmos que venderam a sede de Alcântara...
Camarada Director do Luta Popular,
Preocupado com o que se terá andado a passar com “Os Dinheiros do Partido”, perguntei há dias a um antigo quadro se sabia o que teria acontecido com a sede que o Partido tinha em Alcântara. Perante o esclarecimento (muito lacónico) que dele recebi, resolvi, em resposta, complementar com as palavras que a seguir transcrevo.
«Para quem andou por lá e viu - e batalhou contra - a política que a clique-social fascista praticava (e pelos vistos continuou a praticar) em matéria de finanças do Partido, o que me dizes é mais do que suficiente. Há dias (no dia 31), por volta do meio-dia, resolvi ir lá (a Alcântara), para averiguar… As janelas estavam fechadas, havia apenas duas toalhas no estendal da roupa, mas para não vir de lá com qualquer dúvida sobre o que se teria passado, toquei à campainha, insistentemente. Apareceu uma mulher à janela e eu perguntei-lhe se não era ali que havia uma sede do MRPP. Que sim, que tinha havido, mas já não havia... Que pedisse esclarecimentos na porta ao lado. E fechou a janela. Não perguntei a mais ninguém, mas tomei nota do nº. da porta e, ontem, ali na Conservatória do Registo Predial, pedi uma fotocópia sobre a "história" daquela fracção... O nome do Orlando já não aparece.
Aparece apenas o do PCTP, que terá "comprado" em data não indicada e que, em Julho de 2006, vendeu ao BCP (Banco Comercial Português), tendo este, logo de seguida, arrendado (ou vendido em leasing) ao talho do rés-do-chão. Claro que, nas entrelinhas, eu fiquei a perceber o resto da tramóia!
O capanga Orlando, que tinha comprado ao dono do prédio com dinheiro emprestado pelo BCP e foi pagando o empréstimo (pelo menos enquanto eu por lá andei) com o dinheiro das quotas de (alguns) militantes do partido, em dada altura entendeu que não devia andar a ter chatices com o Banco e passou a bola (a dívida) para o Partido. E o Partido, isto é, a clique, que era useira e vezeira a deixar de pagar as contas de água, luz e telefone, foi deixando acumular a dívida até que teve de entregar ("vender") a fracção ao Banco... Um crime! Um roubo a pedir cadeia (no mínimo…). O Homem (como tu dizes), o Camarada Arnaldo Matos, a quem a clique dizia levar diariamente jornais e revistas (que dizia custear do seu bolso para se furtar ao pagamento de quotas para o Partido), afinal era mantido na ignorância das trafulhices que a clique andava a perpetrar contra o património do Partido! Isto há-de ser tudo trazido para a luz do dia quando se tiver de fazer o inventário destes quase 30 anos de "chefia" da linha social-fascista!»
03.11.2015
Fernando