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                          Manifesto do Partido Comunista 

Notas de Estudo 

XVI

O trecho extraído do Prefácio à Contribuição para a Crítica da Economia Política, e que ficou atrás reproduzido na Nota de Estudo XIV, condensa a teoria marxista do materialismo histórico. Mas, no materialismo histórico, onde é que está materialismo?

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Se fizermos aquela pergunta a cem estudiosos do marxismo – no materialismo histórico, onde é que está o materialismo? – arriscamo-nos a que noventa e nove nos respondam: pois é claro, o materialismo está na matéria.

Esta seria uma resposta absolutamente ingénua e, em última análise, falsa. O materialismo histórico de Marx não consiste em partir da matéria, mas em determinar quem é o protagonista da história: se o espírito, como pretendiam Hegel e todos os idealistas, se o homem na sua luta pela vida. No materialismo histórico marxista, a matéria é o homem e a sua luta pela vida: “são os indivíduos reais, a sua acção e as suas condições materiais de vida, tanto as que encontraram já feitas como as causadas pela sua própria acção”, conforme salienta Marx a dado passo da Ideologia Alemã.

O fundamental para Marx é que a história é feita por homens, que vivem da natureza e que usam instrumentos feitos por si próprios para manterem com ela essa relação especial.

O homem é o ser que trabalha, e é porque trabalha que pensa.

O materialismo histórico de Marx reside nisso: o homem faz-se a si mesmo, transformando a natureza. Aquilo que os homens são depende das condições materiais da sua produção.”. Esta é a tese básica do materialismo histórico, também tirada da mesma Ideologia Alemã.

A organização do trabalho e das instituições sociais vão forçosamente mudando, pois cada nível de desenvolvimento das forças produtivas exige condições de vida social adequadas. Ora, como no capitalismo a propriedade dos meios de produção é privada, os homens – os protagonistas sociais da História – são essencialmente divididos entre proprietários e assalariados, os que detêm e os que não têm meios de produção.

As formas de vida social assentam, assim, na produção e no desenvolvimento das forças produtivas. E é nessas condições que os homens produzem inclusivamente a sua própria consciência.

02.04.2016

                                                                                                          Luta Popular

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