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PAÍS

Alentejo

Agricultores em protesto nas ruas de Beja.

Enquanto militares estrangeiros da NATO na Base Aérea Militar de Beja brincam às guerras ou, mais propriamente, planeiam guerras (nunca antes se viram tantas manobras militares nessa base como nestas últimas semanas), centenas de Agricultores do Distrito de Beja rumaram à capital do distrito a operar a sua máquina de trabalho para exigir ao governo medidas de apoio ao sector. Depois de se concentrarem pela manhã no parque de estacionamento da infra-estrutura que costuma acolher a feira da OviBeja, rumaram em marcha lenta pelas ruas da cidade de Beja sob fortes buzinadas e mostrando placas com as suas exigências.

São várias as “insuficiências” apontadas ao Ministério da Agricultura:
Atrasos nos pagamentos incluindo os da seca, falta de investimento, falta de apoios para repor a floresta que desaparece, energia eléctrica cara que não favorece o regadio a par de obras de regadio que não foram feitas, mais apoio para o sector da pecuária. Foram os motivos que levaram os Agricultores a manifestarem-se.

Os governantes podem até detestar e odiar os Agricultores, mas deveriam de fazer mais para reduzir os preços dos alimentos essenciais.

Quando o salário mínimo sobe (ou o salário máximo que um operário pode esperar como afirmava Arnaldo Matos), é porque tudo já subiu em dobro. Ora é possível controlar o preço do arroz, da batata, do tomate e os demais produtos agrícolas que são produzidos em Portugal, desde que o Ministério da Agricultura revele empenho e desenvolva uma ampla estratégia nesse sentido, mas a ministra da logística da Agricultura prefere esperar sentada pelo trigo nos portos.

O P.C.T.P./M.R.P.P.  no seu último manifesto eleitoral mais uma vez lembrou que é preciso mais auto-suficiência na produção de alimentos.

A falta de estratégias para o Mar Português reflecte-se também na Agricultura, porque mesmo com aumentos dos preços dos fertilizantes seria possível baixar os custos de produção com base no desenvolvimento científico, por exemplo, com a utilização de bio estimulantes à base de extractos de algas. Mas Medina e Costa executam a política do rabo na secretária, que é de o brincarem com os IVAs e as deduções porque não sabem fazer mais nada. Mário Centeno também deixou uma doença no Ministério das Finanças que é o de reter verbas que fazem falta à economia e às famílias. O ‘habilidoso’ Costa quando o país se depara com acontecimentos extremos desaparece de cena para ninguém se lembrar dele, quando Costa deveria de ser o primeiro a dar a cara.

Uma das formas de fixar as famílias no interior do país é alargar a área de cultivo, mas não será com este governo.

O que sucederá se um dia os Agricultores em forma de protesto ou pelo avolumar de dificuldades suspenderem a produção de alimentos?!

Se fôssemos católicos diríamos:
Livrai-nos do Costa e do Medina, Senhor ... Amén.

Mas somos comunistas e dizemos:
Fora com o Costa e o Medina!
Morte ao capitalismo e aos seus governos!

11Mar2023

C.P. (correspondente Alentejo)/JP

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