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PAÍS

GREVE NA STCP
Publicado em 22.04.2015      Actualizado em 12.05.2015 

Trabalhadores da STCP Unidos na Luta Contra a Privatização

greve stcp 01Realizou-se, ontem, dia 11 de Maio mais um dia de luta (24 horas) contra a privatização da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) e pela contratação de mais motoristas.

Mais uma vez, os trabalhadores dos STCP demonstraram com uma greve que atingiu os 100% que estão dispostos a não desistir de lutar pela defesa das suas justas reivindicações.

No entanto, nesta fase da luta, os trabalhadores devem unir-se às outras empresas de transportes : CARRIS, METRO, EMEF, CP-Carga SOFLUSA e TRANSTEJO e STCP,  que lutam também contra as tentativas de privatização e decidirem formas de luta conjuntas para impedirem a política de traição nacional do governo Coelho/Portas.


Trabalhadores da STCP Exigem a Contratação de Mais Motoristas
autocarro stcp 01

Não confiantes nas falsas promessas feitas, no dia 17, pelo secretário de estado, Sérgio Monteiro, que, numa tentativa de ganhar tempo, lhes garantiu que o problema dos horários ia acabar, já que deixaria de haver insuficiência de pessoal, sem, no entanto, desvendar qual a fórmula mágica para tal milagre, uma vez que não estão previstas novas contratações, os trabalhadores da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) realizaram, ontem, dia 21, ao final da manhã, um plenário que se prolongou até às 13,30 e onde foi discutida a grave situação dos motoristas, decorrente da não contratação de mais profissionais deste sector.

No final de uma acalorada discussão, o plenário, para além de exigir, “ ao ministro da Economia e ao secretário de estado dos Transportes (entidades que tutelam a STCP) que autorizem a contratação com carácter urgente de motoristas em número suficiente para suprir o défice existente”, aprovou a marcação de um dia de greve a realizar no mês de Maio, mas ainda sem data definida, e greve, até 1 de Junho, no período da mudança de turno, ou seja, às últimas e às primeiras horas do final e do início dos turnos.

É exactamente no momento da mudança de turno, que a falta de efectivos se faz sentir, uma vez que inviabiliza o motorista que termina o turno de ter a interrupção a que tem direito para descansar, ter uma refeição, ou simplesmente tratar de assuntos pessoais.

E qual é o procedimento seguido pela administração, responsável pela não contratação de efectivos, logo pela impossibilidade de substituição do motorista? obriga o motorista a recolher o autocarro na central, roubando-lhe, pelo menos meia hora da hora da seu intervalo, ao mesmo tempo que lhe mantém o horário do segundo período, procedendo disciplinarmente no caso de o trabalhador chegar atrasado, o que tem acontecido frequentemente, tendo em conta o número de processos disciplinares já instaurados. Neste caso, não se pode deixar de referir a exploração a que estão sujeitos estes trabalhadores, pois ainda que lhes seja paga esta meia hora como extraordinária, esta, segundo a aplicação das novas regras, acaba sempre por sair ao patrão mais barata do que a hora normal, ou fazer novas contratações!

A STCP é a única empresa em que não se aplica aos motoristas o controlo de horário, em que não se seguem as normas de segurança, levando a que estes profissionais trabalhem 12 e 14 horas seguidas.

Estes trabalhadores têm sentido literalmente na pele as consequências da política definida pelo capitalismo para o sector dos transportes e que visa obter o maior lucro possível à custa da exploração dos seus trabalhadores ao mesmo tempo que procede a uma drástica diminuição das carreiras a disponibilizar aos utentes, obrigando-os a largos e desesperados tempos de espera, que, por sua vez, levam a um aumento continuo do número de passageiros.

Esta situação tem levado à revolta da população que se sente desrespeitada e maltratada, pois para além de viajar sem condições, tem, no seu dia a dia, de saber gerir as consequências dos atrasos provocados pelas medidas tomadas pela tutela da empresa, mas que, por vezes canaliza de forma errada a sua revolta, confrontando-se com outros trabalhadores que também são vítimas da mesma política. Os trabalhadores da STCP devem unir-se à população que utiliza os transportes públicos, esclarecendo os motivos dos atrasos e exigindo, conjuntamente, uma verdadeira política de transportes ao serviço do povo.





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