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PAÍS

GREVE GERAL FERROVIÁRIA
Contra o Plano Terrorista da Privatização dos Transportes!
Publicado em 15.04.2015      Actualizado em 17.04.2015

Forte Adesão dos Trabalhadores à Greve

(do nosso correspondente)

placar comboios greve 01Com uma adesão de quase 80%, na CP-EPE e REFER, e com quase 100% na EMEF e CP-CARGA, cumpriu-se mais um dia de luta e grande unidade na greve daquelas empresas do sector ferroviário.

Apesar da desvinculação da Direcção do Sindicato dos Maquinistas (SMAQ), na véspera desta importante jornada de luta, o qual considerou “não estarem reunidas as condições para a realização da greve na CP”, com o argumento de que tinha assinado um acordo de princípios - e nada mais do que isso-, sobre o pagamento da dívida que a CP tem aos trabalhadores desde 1996.

No entanto, e em resposta a esta posição conciliatória do sindicato, verificou-se uma grande adesão dos maquinistas a esta greve. Além dos serviços mínimos apenas foram realizados cerca de 10% dos comboios que normalmente circulam.

Os trabalhadores deste sector dos transportes demonstraram, mais uma vez, que a sua determinação e vontade de lutar continuam firmes, ainda que um certo número de direcções sindicais, dirigidas por oportunistas de toda a espécie, tentem desviar todo esta força para becos sem saída, com acordos de princípios, jornadas de descontentamento e marcações de greves sem a devida preparação e mobilização para objectivos mais avançados, designadamente o derrube deste governo e a formação de um governo de ampla unidade democrática e patriótica.

A adesão tem sido grande, porque os trabalhadores vêem o seu salário e o seu trabalho serem roubados todos os dias e percebem que com a privatização, já anunciada, estes roubos serão ainda maiores.

A continuação sistemática, sem tréguas, com novas e maiores formas de luta, impõe- se. A marcação, já acordada, de uma nova greve para dia 8 de Maio, na REFER, CP-EPE e CP CARGA, só peca por tardia. A exigência do derrube deste governo mantem-se justa e correcta, apesar de alguns pensarem que com a proximidade das eleições legislativas não vale a pena estarmos a preocupar-nos com este “pormenor” permitindo que o governo de traição nacional PSD/CDS possa continuar até ao fim a aprovar e aplicar as suas medidas terroristas contra os trabalhadores. É nesta recta final que o ataque a este sector, e aos outros, será ainda maior e temos de estar mais preparados e prevenidos que nunca.

 

 

linhas cruzamentos 01Dia 16 de Abril, das 00H00 às 24H00, na CP-EPE, REFER, EMEF, CP-CARGA

A quase totalidade dos sindicatos dos trabalhadores da ferrovia, das diversas empresas em que a CP foi desmembrada, decidiu convocar a greve de 24 horas do próximo dia 16 de Abril, iniciando-a ás 00H00 e terminando-a às 24H00 do mesmo dia.

O governo de traição nacional PSD/CDS, através do seu lacaio Sérgio Monteiro, não tendo sido derrubado como se impunha e perante a persistência do movimento grevista no sector, tem intensificado freneticamente a sua ofensiva desesperada e histérica, num estilo verdadeiramente nazi que faria inveja a Goebbels, contra os trabalhadores do sector dos transportes, para tentar impor a privatização/liquidação da quase totalidade deste sector, antes de ser corrido.

Em simultâneo com o processo de privatização da TAP, contra o qual se levantou um forte e amplo movimento democrático e patriótico, este lacaio prossegue com a tentativa de privatização imediata de uma parte das empresas ferroviárias ligadas à CP – a EMEF e a CP-Carga – e, simultaneamente, da CARRIS, METRO, SOFLUSA e TRANSTEJO e STCP, pela via da sua pseudo-sub-concessão.

Por outro lado, aplicou-se na destruição da REFER fundindo-a com a Estradas de Portugal, diferentemente do que a própria Alemanha e a França estão a fazer no sector ferroviário em matéria de reestruturação deste sector.

Ao contrário do que o demagogo Sérgio Monteiro anda agora provocatoriamente a bolçar, destilando um ódio vesgo aos trabalhadores dos transportes públicos e na mira de atirar contra eles os restantes trabalhadores que utilizam esse meio para se deslocar do e para o trabalho, a privatização que o governo de traição nacional PSD/CDS planeou e anda a preparar, a mando da Tróica desde 2011, através do Plano terrorista dos Transportes – conhecido por Plano Estratégico dos Transportes (TET) -, traduz-se, já está a traduzir-se, na perca imediata de vários benefícios conquistados pelos trabalhadores das empresas em causa (a que o palhaço Monteiro e outros da laia dele chama de privilégios), no roubo do salário e das pensões, em despedimentos – directos, ou através da intimidatória e chantagista manobra da rescisão por mútuo acordo (ou assinas o despedimento por “acordo” com o que te queremos dar agora ou, mais dia menos dia, vais para a rua com muito menos ou com nada, porque te fazemos a vida negra) -, no agravamento do preço do transporte e na degradação do serviço prestado.

O lacaio Monteiro também sabe perfeitamente que a redução do número de utilizadores dos transportes públicos não se deve às greves dos trabalhadores das respectivas empresas prestadoras desses serviços – como de forma ignóbil se permite vomitar -, mas que ela é exclusivamente a consequência dos cortes nos salários e, em particular, nas pensões e reformas, do aumento do preço desses transportes e da diminuição ou eliminação da sua oferta em muitos horários e carreiras ou percursos.

Ao invés, o mesmo lacaio Monteiro esconde - e ninguém tem a coragem de desmascará-lo com firmeza como o fez Garcia Pereira em público a propósito da privatização da TAP – que o único propósito do governo de traição nacional PSD/CDS é o desmantelamento do caminho-de-ferro como um bem social, seja através da privatização daqueles sectores que poderão ser lucrativos, linhas de Longo Curso e suburbanos, da CP-CARGA e eventualmente alguma parte da EMEF, seja pela aniquilação pura e simples de partes das empresas que não ofereçam tanta rentabilidade aos privados, mas que são de serviço imprescindível às populações, como é o caso da CP Regional.

A luta dos trabalhadores ferroviários é uma luta inteiramente justa. A única linguagem que o provocador Sérgio Monteiro tem de ter pela frente é a da força, para impedir que o plano terrorista do governo, não apenas para a ferrovia, como para os restantes transportes públicos, possa ser aplicado.

Seria um oportunismo indesculpável que esta luta fosse cavalgada pelas direcções sindicais com intuitos eleitoralistas e não se alargasse – como se impõe - a todo o sector, intensificando-se e mobilizando para ela os trabalhadores utentes dos transportes.

 

 

 




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