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Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica Decidem Greve por Tempo Indeterminado
Publicado em 21.03.2015 

Numa luta ininterrupta contra um governo de sátrapas e um contabilista do opus dei à frente do ministério da saúde, os técnicos de diagnóstico e terapêutica não desistem perante o desprezo a que têm sido votadas as suas justas reivindicações por parte de indivíduos que apenas se têm preocupado em liquidar o serviço nacional de saúde para satisfazer os ditames da política de austeridade da Tróica, aquilo a que este governo chama de grandes reformas.

Perante o impasse criado pelo governo em retomar as negociações, estes profissionais decidiram endurecer a sua luta e iniciar, a 31 de Março, uma greve por tempo indeterminado.

Desde o final de 2014, que estes técnicos têm cumprido vários dias de greve, a última das quais nos dias 12 e 13 e Fevereiro de 2015, tendo sempre como um dos objectivos principais a negociação das carreiras, que se mantêm inalteradas desde 1999, com as consequentes perdas salariais.

Estes técnicos da saúde, num total de 12 000 e representando 19 áreas profissionais, para além do que classificam como “ discriminação” , relativamente aos outros técnicos superiores da saúde como, por exemplo, farmacêuticos, psicólogos, nutricionistas, enfermeiros, confrontam-se com a degradação crescente das suas condições de trabalho.

Segundo a dirigente sindical Célia Rodrigues em declarações ao Luta Popular Online, as escalas de serviço para assegurar as urgências, que deveriam ser constituídas, no mínimo, por 4 ou 5 profissionais, estão, neste momento, a trabalhar com menos, criando-se o caos quando algum adoece, obrigando ao cumprimento sistemático de um número excessivo de horas extraordinárias que levam à exaustão destes profissionais, os quais chegam a trabalhar 18 horas seguidas, aumentando, assim, exponencialmente a probabilidade de erro, cuja responsabilidade recai sobre estes técnicos.

Por outro lado, como não são feitas novas contratações que substituam os profissionais que se reformam, todos os serviços estão a trabalhar com os mínimos, recorrendo os serviços à contratação de técnicos na qualidade de estagiários e outras contratações ilegais.

Ainda de acordo com esta dirigente sindical , até ao momento, o ministério continua mudo e sem manifestar qualquer intenção de reabrir o processo negocial.

Entretanto, os hospitais já pediram para serem negociados os serviços mínimos, questão que irá ser enviada ao conselho económico para arbitragem, uma vez que não houve acordo, porque para esvaziar a greve, os hospitais pedem um número de profissionais muito superior ao que é necessário para assegurar as urgências .

Determinada nesta luta, Célia Rodrigues afirma: eles têm de nos ouvir, temos direito de ter a negociação colectiva. Vamos parar até nos ouvirem!





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