PAÍS
EFACEC
Os Dias da Greve
Dia 25/03
No primeiro período do quarto dia das greves parciais, iniciadas no dia 18, os trabalhadores em plenário decidiram marcar um outro plenário geral para a próxima sexta-feira dia 27 entre as 14H30 3 as 15H30, para fazer o balanço e medidas a tomar para as futuras greves.
A reivindicação justa de aumentos salariais igual para todos, deverá manter-se inegociável.
Os trabalhadores portugueses devem continuar a seguir esta luta e apoiá-la com todos os meios ao seu alcance.
Dia 23/03
Os operários da Efacec continuam firmes na greve parcial do 1º turno do terceiro dia de paralisação.
A polícia realizou uma manobra de intimidação sem sucesso – três carros e uma carrinha (esta em posição resguardada) da PSP, com mais de uma dezena de esbirros, apareceram no portão traseiro da fábrica, onde os operários faziam um bloqueio geral, com o pretexto de que havia um automobilista que não sabia fazer a manobra de marcha-atrás (!!?).
O ânimo é grande e a determinação de prosseguir a luta crescente.
Uma luta que deve contar e contará com a solidariedade e apoio da classe operária e dos trabalhadores portugueses!
Dia 20/03
No seu segundo dia, a greve prosseguiu com o mesmo nível de adesão e mobilização dos trabalhadores.
De assinalar a forte denúncia das organizações dos trabalhadores da EFACEC feita ontem em comunicado, acerca da delapidação dos lucros obtidos à custa da exploração dos operários: aumentos provocatórios de 8 000,00 € para os administradores, beneficiando também de PPRs no montante de 6,75% dos ordenados, milhões de euros em frota automóvel para estes lacaios, chegando ao ponto de metade do valor assim esbanjado suportar o aumento anual dos salários agora exigido.
Está na hora, está na hora, dos aumentos cá para fora! Mentirosos, mentirosos, mentirosos, mentirosos! – gritavam os operários à porta das instalações.
O bloqueio pelos grevistas também se fez pelo portão de trás.
Dia 18/03
Demonstrando uma grande firmeza e determinação, cerca de duas centenas de operários concentraram-se junto ao portão principal das instalações da fábrica da Arroteia no início do turno da manhã para cumprir o primeiro período de greve entre as 08H15 e as 10H15.
E, no turno das 17H00 ás 19H00 – com menos operários de serviço -, o ambiente de luta era igualmente forte, com uma centena de trabalhadores concentrados junto aos portões, apitando gaitas ruidosamente, em protesto contra os sumptuosos e provocatórios aumentos dos administradores e amigos.
Os carros que iam passando buzinavam em solidariedade com os grevistas.
Refira-se que o sector PT core, que fabrica os grandes transformadores por encomenda e que mais lucros dá à empresa, contou com uma paralisação total por parte dos operários efectivos.
Também na fábrica da Maia, ainda que em menor número, os operários, cumpriram a greve às duas primeiras horas de trabalho.
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