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Trabalhadores da Rede Ferroviária Nacional em Greve Contra a Fusão com Estradas de Portugal, S.A.
Publicado em 17.12.2014      Actualizado em 19.12.2014

comboios em linha 02Os trabalhadores da Rede Ferroviária Nacional (REFER, E.P.E.) começam logo uma greve de 24 horas que terá o seu início às 00H00 e termina às 24H00 do dia 18 de Dezembro.

A realização desta greve foi decidida num plenário nacional realizado no passado dia 2 de Dezembro, por convocatória da Comissão de Trabalhadores,, com o objectivo de analisarem as implicações das medidas do governo decorrentes da fusão da empresa com as Estradas de Portugal, S.A. assim como as implicações que o Orçamento de Estado de 2015, aprovado pela coligação fascista que apoia o governo tem para a vida dos ferroviários.

Em comunicado datado de 12 de Dezembro, a CT, conjuntamente com as organizações sindicais que subscreveram os pré-avisos desta greve apontavam como objectivos da greve entre outros os seguintes:.contra a fusão da REFER com as Estradas de Portugal; pela REFER ao serviço da garantia e qualidade e segurança do transporte ferroviária Pela defesa dos postos de trabalho; reposição do direito ao transporte contra a destruição da contratação colectiva; contra os cortes e congelamento dos salários pelo cumprimento integral do AE, com a aplicação das evoluções profissionais e pagamento das novas diuturnidades.

A fusão da REFER com as Estradas de Portugal não tem como motivo um aumento de produtividade, mas sim a preparação encapotada de mais uma privatização para realizar verbas destinadas ao pagamento da dívida e a cumprir os ditames da Tróica.

Fundir para mais tarde vender separadamente, por exemplo, a Refer Telecom, que detém uma rede em fibra óptica, que o Estado e as forças militares utilizam nas suas comunicações, e a Refer Engenharia, deixando o Estado português numa maior dependência dos grandes grupos de construção civil e obras públicas.

O sector dos transportes é um dos sectores em que os trabalhadores têm revelado uma maior combatividade face à política vende-pátrias do governo PSD/CDS. Tendo um objectivo comum impõe-se que definam e se unam em torno de formas de luta comuns, mobilizando para elas também os restantes trabalhadores portugueses que sofrem igualmente os efeitos da politica de exploração desenfreada legitimada pelo governo.

Hoje fica cada vez mais claro que sem radicalizar e alargar a luta e reforçar a unidade, não é possível travar a fusão contra a qual os trabalhadores da Refer se erguem, como não será possível impedir a privatização da TAP.

 

Actualização

Êxito da greve dos trabalhadores da REFER obriga a parar comboios

A paralisação dos trabalhadores da Rede Ferroviária Nacional (REFER, E.P.E.), designadamente os que trabalham nos Centros de Comando Operacionais (CCO), controladores e operadores de circulação, operadores de manobras e de infraestruturas, electricista de catenárias e de sinalização e muitos outros ligados às instalações ferroviárias, atingiu praticamente 100%, o que impediu a circulação de comboios, para além dos serviços mínimos antes decretados.

Esta elevadíssima adesão foi mesmo reconhecida pelos próprios lacaios da administração a quem, entretanto, era amplamente dada a palavra nos meios de comunicação social, ao contrário do que sucedia com os trabalhadores em greve.

Mais uma luta realizada com sucesso que só vem demonstrar a existência de condições para a realização de uma greve geral nacional de 48 horas, agora cada vez mais imperiosa em torno do objectivo de defesa da TAP como companhia de bandeira nacional, contra a sua privatização.

 

 

 

 

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