PAÍS
- Publicado em 07.03.2024
O que ocultam as transições
São cada vez mais apuradas as técnicas que a burguesia imperialista emprega para alcançar os seus objectivos de exploração do trabalho humano em proveito do crescimento do capital.
Em fases anteriores do seu desenvolvimento já se apropriou de quase tudo (falta o ar e pouco mais), expropriando o conjunto da humanidade e convertendo tudo em valores de troca.
Para vender ar, têm de o tornar irrespirável nas suas partes acessíveis ao povo e fá-lo-ão sem escrúpulos.
Depois intoxicarão as mentes, como já estão a fazer no que chamam transição energética e transição digital.
Tentam enfiar-nos na cabeça que o que está em causa é a salvação do planeta e a eliminação da burocracia com a facilitação do acesso a dados sem prejuízo da privacidade de cada um
Mas do que se trata é de criação de negócios que em nada contribuem para a salvação do planeta e da criação de mecanismos de controlo absoluto da população para a sua opressão e repressão
Tudo a mando da UE que, em simultâneo, nos obriga a pagar ao financiar as transições via PRR.
E como eles próprios dizem, isso vai reconstruir a economia do país.
Não dizem é que reconstruir a economia é matar uns para outros crescerem ao mesmo tempo que ficam em condições de agravar ainda mais a exploração do trabalho humano, na verdade o único e real negócio do capitalismo.
Como também não dizem quais os custos energéticos astronómicos necessários para manter o sistema digital resultante da dita transição.
E que dizer da resposta do imperialismo burguês, através do seu Estado repressor e opressor, quando satisfaz integralmente certas reivindicações dos ambientalistas?
É certo que ainda se mantém um folclore ambientalista reivindicativo, mas para que serve? Apenas para manter mentes inocentes e voluntariosas ocupadas com problemas sem impacto significativo na natureza.
Às reivindicações ambientalistas que, na opinião propalada pelos principais mass-media, têm expressão na natureza, a burguesia acede. O que só pode significar ser coisa montada por ela própria.
Uma prova está no facto de os ambientalistas radicais serem habitualmente aplaudidos de pé pela chusma dos principais e mais ricos burgueses do mundo.
E essa é a explicação de porque é que nunca se aborda a acção humana que afecta mais fortemente o ambiente, em particular o estado da atmosfera e consequentemente o clima, e a que se pode por cobro imediatamente, que é a guerra com as suas centenas senão milhares de super-explosões diárias.
O resto do que se fala não passa de marketing empresarial para aumentar lucros, na guerra constante de cada capitalista individual.
Mas a questão ambiental é uma questão que não se pode ignorar
Hoje existem condições para combater com eficácia os problemas ambientais quaisquer que eles sejam.
O que sucede é que as preocupações sociais e morais dos capitalistas se reduzem à conquista do lucro máximo, sabotando deliberadamente o desenvolvimento da ciência e a aplicação da técnica na eliminação eficaz dos efeitos nocivos na natureza da acção humana.
É necessário atacar a verdadeira causa dos problemas ambientais
E num momento em que o capitalismo é imperialismo, o grito a gritar e o combate a realizar é: Morte ao imperialismo e às suas disputas!
Viva o comunismo!