PAÍS
- Publicado em 06.11.2023
A Subida do Desemprego Atinge Níveis da “Troika”.
Costa para a Rua!
Se bem que a taxa de desemprego ainda não esteja ao nível da "troika", um seu indicador avançado, que é o seu crescimento mensal, já está. O ciclo de subida do desemprego em Portugal dura há quase um ano e já é o mais grave desde o tempo da “troika”, mostram os novos dados oficiais até Setembro, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O volume de emprego caiu em Agosto e Setembro (taxa de desemprego em Julho 5,9%, Agosto 6,2%, Setembro 6,5%), algo que é raro acontecer nesta altura do ano, informa também o INE. A taxa de desemprego actual é mais 0,3% do que em Agosto e mais 0,4% do que em Setembro de 2022. Acumulam-se já 11 meses seguidos de aumento do desemprego em relação ao mês homólogo (desde Novembro de 2022), naquele que é o maior ciclo de agravamento deste indicador desde a pandemia e, antes disso, desde o tempo da bancarrota e da “troika”, entre 2009 e 2013, como mostram as séries longas.
Em Setembro, o aumento no contingente de desempregados inscritos nos Centros de Emprego ultrapassou os 6%, mais 15 mil pessoas sem trabalho, segundo o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Vários economistas confirmam que a subida do desemprego e a paragem na criação de emprego reflectem já a segunda fase da crise inflacionista, agora na forma de um aumento brutal das taxas de juro, que está a provocar uma erosão muito elevada no poder de compra e nas condições de vida de milhares de famílias, sobretudo endividadas. O desemprego é mais grave entre os mais jovens: no grupo etário com menos de 25 anos, o número de activos desempregados está em mais de 20%.
Eis as políticas de emprego “socialistas” do governo Costa. Eis o Orçamento “milagroso” de Medina. Cada vez mais pessoas no desemprego, sobretudo os jovens, cada vez mais trabalhos precários, cada vez mais pobreza e miséria, às ordens da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu e em benefício dos lucros chorudos dos bancos e do grande capital. É tempo de agir, agora ou nunca.
APR/JP