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PAÍS

Resolução do Conselho de Ministros n.º 74-A/2022, de 6 de Setembro:

2 milhões de euros e 2 milhões de votos para um governo de mediadores fraudulentos!

As medidas do governo de António Costa para fazer face à inflação são uma oculta demissão do governo perante um problema que também criou.

António Costa decide do que tem em carteira e entrega ao parlamento o encargo de protelar o que ainda não sacou.

Nem uma palavra para as contradições entre a produção, o consumo e a ficção discursiva, tanto a verbal como a monetária: há que não enunciar nem decidir na falsidade ou no vazio!

A inflação não é simplesmente empolar os preços assim como mais dinheiro por si só pouco resolve quando há falta ou corrupção de produtos no mercado.

A inflação actualmente a grassar na Europa tem origem no modo de produção capitalista; não é para a satisfação de quem trabalha a produção e a produtividade, pois neste modo de produção tanto da produção como da produtividade o que resulta é uma maior concentração do capital e a progressiva proletarização da população: proletarização tanto no sentido de vendedor da força de trabalho adentro das relações de produção de patrão/empregado como no sentido do necessário empobrecimento e necessária sujeição dos proletários ou proletarizados a quem lhes adquire a força de trabalho.

A inflação, ao contrário do que propalam os oportunistas do BE e camufladamente tentam ocultar razões os anti-comunistas do PC, resolve-se com um modo de produção dirigido para a satisfação das expectativas e necessidades das populações concomitantemente com a preservação das condições de vida no planeta.

As populações estão a ser conduzidas e espoliadas pelo capital, isto é, massivamente exploradas no trabalho ou à espera dele.

As condições de vida precarizam-se e são gravosamente postas em causa pela depredadora lógica burguesa, ostensivamente assumida ou, sub-repticiamente, e em desespero de causa, subvertendo por dentro o movimento de massas, operário e comunista com o revisionismo, o neo-revisionismo e toda a demais sorte de malícias e odiosos oportunismos, provocações, assassínios e guerra civil e guerra inter-imperialista contra-revolucionárias.

Não tem perdão o que o governo PS resolveu na sua reunião de conselho de ministros de 6 de Setembro próximo passado.

O governo responsabiliza quem trabalha da situação económica nacional ao mesmo tempo que desresponsabiliza quem tem vindo a conduzir o país à situação de neo-colónia. É aos trabalhadores portugueses que o governo faz pagar a dívida pública para a qual não foram chamados a decidir nem dela têm benefício ao mesmo tempo que põe a saque o pouco que os trabalhadores portugueses ganham ao procurarem no mercado aquilo que precisam para viver.

A propaganda enganosa dos miseráveis euros que distribui não se sabe efectivamente bem a quem nem como o vão fazer é tipicamente do submundo do revisionismo internacional tipo PC e BE.

É tão doloso o despudor do governo que se arroga de socialista que, na mira de maior representação parlamentar, outros partidos burgueses denunciaram a grosseira manobra, como foi, vivamente, o caso da gata borralheira do Chega.

Os trabalhadores portugueses, ao contrário de andarem a fazer da política um totoloto a ver se acertam na aleatória combinação com direito a prémio, devem ter planos e exigir pública prestação de contas, demitindo sempre que acharem por bem aqueles que deixam de merecer a sua confiança.

No imediato há que exigir o levantamento dos produtos essenciais para a alimentação e bem estar dos portugueses, garantir o respectivo  abastecimento no mercado e aos portugueses no activo ou na reforma deve-se-lhes pagar o diferencial resultante do descontrolo inflacionista com base no cabaz dos produtos de primeira necessidade.

Queremos: pão ou dinheiro para o pão!

Queremos: casa ou dinheiro para a casa!

Queremos vida, não queremos saque!

14/21Set2022

Pedro Pacheco

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