PAÍS
- Publicado em 25.07.2022
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA:
IMIGRANTES, EMIGRANTES E DOIS PATIFES
Augusto Santos Silva sob a capa de defender fraternalmente os imigrantes a trabalhar em Portugal o que serve são os interesses do capital por essa sobre-explorada mão de obra assalariada propiciadora de elevadas taxas de mais-valia e consequentes acrescentados lucros para os empresários e o Estado.
André Ventura sob a capa de defender os portugueses contra a invasão dos imigrantes serve identicamente os interesses do capital ao exacerbar trabalhadores contra trabalhadores enfraquecendo ambos os contendores numa luta fratricida para deixar incólume o inimigo de ambos, a burguesia, que com o empobrecimento de ambos enriquece.
Portugal é um país de imigrantes mas também é um país de emigrantes.
O que leva estes a saírem de Portugal é exactamente o que leva aqueles a virem para Portugal: a sobrevivência e as melhores condições de vida que no país de origem não têm.
Tanto Ventura como Santos Silva são políticos da mesma causa, agentes ambos da sabida e renovada corja de exploradores do homem pelo homem e da sua economia de ludíbrio e de saque.
A Assembleia da República é uma arena.
O capital aposta ora nuns ora noutros ora em todos os gladiadores que mantém à liça conforme o melhor efeito na exaltação ou na confusão das massas operárias. Mas ao contrário do que acontecia em Roma há dois mil anos, não são os gladiadores os massacrados, são os espectadores do espectáculo os visados no combate.
Morte ao capital!
A morte do capital é a libertação do trabalho!
Viva quem trabalha!
24Jul2022
Pedro