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PAÍS

Devemos ler VÍTIMA DUMA POLÍTICA ASSASSINA!

Bruno Miguel da Silva Marques, 39 anos, sapador, Bombeiros Municipais de Coruche, falecido 22 de Junho de 2020, vítima de cancro cerebral.

José Augusto Dias Fernandes, 56 anos, chefe, Bombeiros Voluntários de Miranda do Corvo, falecido 11 de Julho de 2020 no combate a incêndio rural na zona do Trevim, serra da Lousã, vítima de intoxicação por inalação de fumo.

André Filipe Pedrosa, 34 anos, bombeiro, secção de Monte Redondo dos Bombeiros Voluntários de Leiria, falecido a 18 de Julho de 2020 no rescaldo do incêndio de Arrabal, Leiria, vítima de paragem cardiorrespiratória.

Diogo Miguel Alves Dias, 21 anos, bombeiro, Bombeiros Voluntários de Proença-a-Nova, falecido a 25 de Julho de 2020 em acidente durante o combate ao incêndio de Oleiros, em Perna do Galego, Sertã, vítima de paragem cardiorrespiratória.

Carlos Manuel Lopes Carvalho, 40 anos, bombeiro BB3, Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Cuba, falecido a 30 de Julho de 2020 no Hospital de Santa Maria ferido no incêndio de Castro Verde, dia 13 de julho, vítima de queimaduras de 2.º e 3.º grau em 95% do corpo, incluindo as vias aéreas.

Carlos Santos, de 43 anos, motorista, Bombeiros Voluntários de Cabo Ruivo, falecido a 1 de Agosto de 2020 em acidente sequente a rebentamento de pneu quando regressava de combate a incêndio na zona de Fafe, vítima de ferimentos.

Jorge Jardim, 65 anos, piloto, Centro de Meios Aéreos de Castelo Branco, falecido a 8 de Agosto de 2020 no combate ao incêndio do Parque Nacional da Peneda-Gerês, em Lindoso, Ponte da Barca, quando o avião que pilotava se despenhou em acidente junto à Barragem do Alto do Lindoso, na sequência de uma operação de ‘scooping’, vítima de paragem cardiorrespiratória.

Mais dezenas de feridos, alguns graves, eis a informação colhida na imprensa burguesa sobre as vítimas entre as forças que combatem os incêndios. Logo a seguir as notícias das condolências do presidente, do primeiro-ministro e do ministro da Administração Interna, excepto à família e corporação do primeiro. Para esta gente foram infortúnios que levaram a esta sequência calamitosa.

Tivemos azar! fazem constar, convencidos que nos enganam e que se eximem a responsabilidades. O Costa chega à miséria de ensaiar a manobra de responsabilizar as vítimas: “este é um combate de todos, mas apelo a especial cautela: a primeira missão de quem protege os outros é proteger-se a si próprio”. Sábias palavras! Mas é a dor de consciência a falar por ter seguido o mote horrível da Cristas/Passos no combate aos incêndios.

Para a católica Cristas o combate frontal aos fogos resolvia o problema dos incêndios florestais e com essa “estratégia” tivemos bombeiros a morrer uns atrás dos outros no seu reinado. Agora a política destilada pelo Costa não parece a mesma mas é a mesma, só que dirigida à responsabilização interior, numa nuance delicodoce protestante da atitude católica.

Trata-se colocar nos bombeiros e outros agentes de combate a incêndios, em cada um deles individualmente, a responsabilidade absoluta de evitar que um fogacho se transforme em fogo e um pequeno fogo em grande fogo e portanto terem de ir a correr sem olharem às suas próprias condições de segurança no combate ao fogo e colocarem-se em situações de perigo que resvalam para "acidentes" graves e mortes. Isso e não tratar doentes “por causa” do Covid-19.

Portanto, onde se vê vítima de cancro cerebral, intoxicação, paragem cardiorrespiratória, queimaduras ou ferimentos, devemos ler VÍTIMA DUMA POLÍTICA ASSASSINA!

Endereçamos às famílias e aos companheiros de combate dos falecidos as nossas sentidas condolências e aos feridos os votos de um rápido restabelecimento total de capacidades. Mas a nossa ira não esmorece.

10Ago2020

JP

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