CampanhaFundos202206

IBAN PT50003502020003702663054   NIB 003502020003702663054

PAÍS

Lisboa: mero apeadeiro aéreo ou aeroporto internacional?

Apesar das suas promessas de investimento público para os próximos 10 ou 20 anos, o governo Costa/Centeno não investiu um cêntimo em infraestruturas estratégicas nacionais e prossegue a sua política de despesas correntes orçamentadas, sistematicamente cativadas pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, cujo propósito declarado é o de, a mando de Bruxelas, manter o défice zero.

Quer no governo anterior, onde contou com o apoio sem limitações por parte das muletas do PCP, BE e Verdes, quer no actual – que prossegue, no essencial as políticas implementadas pelo anterior – onde, apesar de aparentemente mais discreto, esse apoio se mantém, os resultados dessa política expressaram-se no abandono do Serviço Nacional de Saúde (SNS), na liquidação da Escola e do Ensino Público, dos Transportes Rodoferroviários, do Serviço de Metropolitano de Lisboa e Porto e do Aeroporto Internacional de Lisboa.

Demonstrando a sua cada vez mais acentuada propensão para o arbítrio e a fascizante arrogância, o governo Costa/Centeno não discute nenhum dos investimentos que se propõe realizar no quadro de uma estratégia nacional de desenvolvimento. Bem pelo contrário!

É o caso da “solução” aeroportuária Lisboa+1, em que o governo surge a ameaçar os municípios que se opõem à proposta de transformar parte da base aérea do Montijo em “segunda perna” do aeroporto internacional de Lisboa – realçando como positivo o facto de ser a ANA, agora privatizada, a realizar o investimento –, quando a solução que se impõe é a de um Aeroporto Internacional de Lisboa, em Alcochete.

Após quatro anos de paralisia, em que Costa e Centeno impuseram, como dizia o nosso camarada Arnaldo Matos num tuíte que publicou em 11 de Janeiro de 2019, “um governo aparentemente de centro esquerda (PS/PCP/BE/Verdes), mas que se comportou sempre como um governo de direita, com orçamentos salazarentos, sem história nem grandeza”, o governo prossegue, no actual mandato, uma política assente na “estupidez e pequenez de espírito de imbecis cruzados de idiotas”, que não vislumbram um futuro para o país persistindo, em matéria de aeroporto internacional, na “solução Lisboa+1, quer dizer Lisboa e um bocado da Base do Montijo”.

Razão tinha o camarada Arnaldo Matos quando, no supracitado tuíte, afirmava que “com gente desta, Portugal nunca teria chegado a nascer e o milagre é que ainda esteja vivo”, sublinhando, mais adiante, ser esta “mesma equipa de tolos que continua a governar Portugal” que se propõe a fazer “um aeroporto assente em duas pernas : uma no já ocupado planalto da Portela e a outra num bocado da pista militar do Montijo”.

Esta estratégia não serve os interesses de Portugal. Dissemo-lo antes e mantemos a convicção de que esta política vende-pátrias serve, sobretudo, os interesses imperialistas de Espanha que se bate por manter a “centralidade” de Madrid e que pretende, com esta “solução”, impedir que Portugal lhe retire o protagonismo que tem tido nesta matéria, remetendo Lisboa para um mero apeadeiro aéreo, incapaz de receber “as novas aeronaves de 800 passageiros que já andam a voar pelo mundo”.

Portugal perdeu quase cinco anos a adiar a solução Alcochete – que vinha, depois de longo e intenso debate, do governo Sócrates, do qual fazia parte António Costa –, para “substituí-la por um projecto menor que não serve o país”.

Ainda no seu supracitado tuíte de 11 de Janeiro de 2019, o camarada Arnaldo Matos relevava o facto de que “o tráfego aéreo do futuro do hemisfério ocidental, quando vem da Europa e sai para África, América, Pacífico e o Oriente longínquo e, em sentido inverso, encontra Portugal – Lisboa e não Madrid”, impõe “um Aeroporto Internacional em Alcochete”, que seja “um investimento estratégico que se prende com a independência e o desenvolvimento futuro de Portugal”, ademais um investimento que, relembrava, se enquadra na “estratégia global da Nova Rota da Seda” acordada entre António Costa – no final do seu anterior mandato – e o presidente chinês.

Lisboa e não Madrid! Optar entre ser placa giratória aeroportuária do essencial do tráfego aéreo de e para a Europa, ou um mero apeadeiro regional, eis o que está em discussão. Optar pela segunda via, como pretendem Costa e Centeno, resulta numa miserável traição aos interesses de Portugal e confere a Madrid , de mão beijada, o papel de uma centralidade que Portugal tem todas as condições para protagonizar.

02Mar2020

LJ

pctpmrpp

Partilhar

Dar Voz a Quem Não Tem Voz

Oeste

Um exemplo de liquidação do SNS

Recebemos de um nosso leitor a carta que expressa a preocupação quanto ao previsível encerramento do hospital de Torres  Vedras e que, abaixo, transcrevemos na íntegra 

Exmos Srs,

Meu nome é Patrick Francisco, tenho 46 anos, e sou residente em Torres Vedras.

Tomei a liberdade de deixar aqui uma reflexão sobre uma questão fundamental para os cuidados de saúde na Região Oeste de Portugal.

Um dos temas que tem suscitado grande preocupação entre os torrienses e em toda a Região Oeste, está relacionado com o acesso aos serviços hospitalares. Até agora, a Região Oeste tem sido servida por 3 Hospitais, nomeadamente em Torres Vedras, Caldas da Rainha e Peniche.

Ler mais



Está em... Home País POLÍTICA GERAL Lisboa: mero apeadeiro aéreo ou aeroporto internacional?