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PAÍS

DUPLICAR O NÚMERO DE MILITANTES DO PARTIDO!

O Comité Central do Partido esteve reunido, em sessão plenária, no passado fim-de-semana, na Margem Sul.

Sabe-se que fez um balanço político aprofundado das eleições europeias e dos resultados das diferentes forças políticas no sufrágio. Não me parece todavia que o plenário do Comité Central tenha dado a devida importância àquilo que julgo fundamental: em que medida a campanha eleitoral em que estivemos envolvidos reforçou o Partido sob o ponto de vista ideológico, político e organizativo e, em consequência, em que medida reforçou o movimento operário e o movimento democrático e patriótico.

A participação dos comunistas nos actos eleitorais burgueses tem em vista o reforço ideológico, político e organizativo do Partido e não propriamente a obtenção de boas marcas eleitorais. Neste último aspecto, aliás, as coisas até não nos correram mal de todo, porquanto alcançámos um razoável aumento de votos, tanto em termos absolutos como percentuais, a nível nacional, somando mais 11 000 votos aos votos adquiridos nas anteriores eleições para o parlamento europeu.

Onde as coisas não correram bem foi precisamente no facto de que a campanha não se saldou por um reforço claro e significativo nos campos da organização, da linha política e da linha ideológica do Partido.

O Partido não cresceu em termos organizativos, nem no número de militantes, nem no número de células e comités que pudessem levar às amplas massas populares a linha política de constituição de uma frente democrática e patriótica, unindo todas as forças susceptíveis de serem unidas, para derrubar o governo de traição nacional Coelho/Portas e formar um forte governo democrático e patriótico, que retire Portugal do Euro e institua o novo Escudo, para, através dele, obter a soberania monetária, cambiária, fiscal, orçamental, económica e financeira, que Bruxelas e o imperialismo germânico lhe roubaram.

Para cumprir as nossas tarefas políticas, temos de multiplicar as nossas forças e expandir continuamente a nossa organização partidária e as nossas organizações de massas.

Estes erros de organização têm de ser imediatamente corrigidos, sob pena de não irmos a lado nenhum.

O Comité Central deveria já ter fixado – e deve fixar imediatamente – uma tarefa central a todo o partido: duplicar o número de militantes do Partido, recrutando sem demora os jovens e os homens e mulheres que foram mobilizados para a campanha eleitoral.

Todos os meses, e até às próximas eleições legislativas, devem ser efectuadas cerimónias ou sessões políticas de entrega dos cartões de novos militantes aos simpatizantes do Partido, em condições políticas e ideológicas de os receberem.

E deve lançar-se uma campanha de inscrição e mobilização de novos quadros, para podermos cumprir as tarefas políticas e ideológicas que temos pela frente.

O caminho é pois duplicar o número dos militantes actuais do Partido e reforçar a sua organização celular.

Por cada militante, um novo ou uma nova militante!

Já!

Viriato


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