PAÍS
O coro dos apupos
- Publicado em 15.03.2012
Cresce o movimento popular espontâneo de vaias e apupos aos membros do governo PSD/CDS, que ainda se atrevam a aparecer em público.
No último fim-de-semana, o ministro da saúde Paulo Macedo, liquidador do Serviço Nacional de Saúde e homicida responsável pela morte de milhares de idosos só na segunda metade do mês de Fevereiro, teve o desplante de aparecer na inauguração do Hospital Carlota Ângelo, construído em Loures.
Este é aquele novo hospital da área metropolitana de Lisboa, que, muito embora edificado em Loures, não serve a população do concelho, visto que uma parte dessa população tem de procurar cuidados hospitalares não no hospital agora inaugurado ao pé da porta, mas nos longínquos hospitais de Santa Maria e de São José, a léguas de distância e de incómodos.
Como seria de esperar, o povo de Loures, que não por acaso hasteou a bandeira da República no dia 4 de Outubro de 1910, um dia antes de Lisboa o fazer, aguardou que o bancário Paulo Macedo aparecesse no acto inaugural e apupou-o, vaiou-o, zombou-o e chacoteou-o na medida das suas forças e do seu ódio.
Paulo Macedo que, no ministério e até agora, não fez outra coisa senão cortar nos direitos dos doentes e agravar-lhes as taxas dos serviços, teve a triste ideia de aparecer na inauguração do Hospital de Loures, trazendo pela trela o antigo ministro da saúde do PS, o execrável Correia de Campos.
Pode suceder que vos custe a acreditar, mas Correia de Campos, a quem se deve a ideia da construção do Hospital de Loures, foi vaiado e apupado pelo povo de Loures, quando chegou à cerimónia...
O povo de Loures não esqueceu que a liquidação do serviço nacional de Saúde começou precisamente com Correia de Campos, e, por isso, recebeu da mesma maneira os dois políticos: com o azorrague do apupo, da vaia e do insulto.
Nos dias que correm, está a tornar-se cada vez mais difícil aos políticos oportunistas enganarem o nosso povo! Imagine-se que, em Loures, já quase toda a gente sabe que não há diferença entre Correia de Campos, ministro da saúde do PS, e Paulo Macedo, ministro da saúde da coligação PSD/CDS...
Ao tempo que andamos a dizer que o PS e PSD são a mesma melodia (a social-democracia) e agora, em Loures, começamos a ser compreendidos!
E, por falar em CDS, aquele ministro com cara de parvo que está à frente da Segurança Social, que dá pelo nome de Mota Soares e que até agora parecia dominar a arte de conseguir passar por entre os pingos de toda a qualidade de chuva sem molhar a careca, foi assobiado e desmascarado no Minho, na vila de Vila Verde, também no último fim-de-semana, logo que saiu da viatura oficial.
Este notabilíssimo e crescente movimento popular espontâneo é de uma enorme importância, para isolar, denunciar e derrubar o governo de traição nacional PSD/CDS.
O povo deve organizar-se, e esperar pelos ministros e secretários de estado que ousem aparecer em público e recebê-los com uma tão estridente e firme assuada que essa canalha não mais se atreve a sair dos seus ministérios.
A luta continua; governo Coelho/Portas para a rua!