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PAÍS

A ginástica política de Seguro

Seguro oculta todas as ideias que porventura possa ter sobre esta matéria crucial.

Seguro, ao contrário do que sucede com a esmagadora maioria dos militantes e simpatizantes do PS, é daqueles que quer pagar a dívida e aceitou os objectivos e métodos de pagamento impostos pelo Memorando assinado por Sócrates.

Com a aplicação da política do Memorando, que soma austeridade com mais austeridade e recessão com mais recessão, a dívida pública soberana crescerá em relação inversa com a diminuição do produto interno bruto e o desemprego em relação directa com a recessão da economia.


Seguro sabe que é impossível desenvolver a economia e aumentar o emprego com uma política de austeridade e recessão.

Mas nada diz sobre como pensaria actuar, se viesse a ser primeiro-ministro, remetendo também para uma comissãozita o esclarecimento de tão intrincada matéria.

Ora, é necessário e urgente que Seguro se deixe de ginásticas oportunistas e responda claramente às questões do momento:

- Seguro vai ou não defender o pagamento da dívida pública, e, se vai defender o seu pagamento, irá ou não exigir, e em que termos, a renegociação da dívida?
- Seguro, se alguma vez chegar ao governo, vai ou não revogar toda a legislação do PSD/CDS que alterou o Código de Trabalho?
- Seguro vai ou não criticar publicamente a política de Sócrates à frente do último governo do PS, e em que termos definirá essa crítica?
- Seguro, se for governo, vai ou não revogar toda a legislação do PSD/CDS que retirou aos trabalhadores direitos sociais arduamente conquistados em lutas heróicas e históricas?
- Seguro, se for governo, revogará ou não a legislação do PSD/CDS que praticamente liquidou o Serviço Nacional de Saúde e a Educação e Escola públicas?
- Quais são, em concreto, as linhas gerais da reforma fiscal que Seguro propõe?
- E como se propõe desenvolver a economia e aumentar os postos de trabalho?

Todas estas perguntas exigem respostas claras e precisas, que devem ser conhecidas e debatidas imediatamente, no processo que está já em curso de derrubamento do governo de traição nacional PSD/CDS.

O tempo das ginásticas políticas oportunistas acabou para o PS e para todos os partidos políticos portugueses.

A clareza das posições e o conhecimento antecipado delas são condição absoluta das novas exigências da luta democrática e da luta revolucionária.

É possível constituir um governo democrático e patriótico, no caso de políticas justas e claras, mas nunca no meio de golpes de ambiguidade e de oportunismo.

Seguro está a jogar o seu próprio futuro, mas também o futuro do PS como partido da área democrática. É preciso dizê-lo com todas as letras: o PS está acabado como partido político, se continuar pelo caminho que Seguro tem estado a trilhar e se aceitar o oportunismo e as ambiguidades políticas do seu secretário-geral.

 

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