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INTERNACIONAL

17 de Novembro assinala um ano do Movimento Coletes Amarelos em França!

Hoje, dia 17 de Novembro de 2019, assinala-se um ano da data em que eclodiu em França o Movimento dos Coletes Amarelos.
Reagindo, menos de um mês depois do início deste poderoso movimento de massas – a 7 de Dezembro de 2018 –, a este evento, o nosso camarada Arnaldo Matos escrevia no seu tuíte, e com o título  “França: o Movimento dos Coletes Amarelos”, o texto do qual reproduzimos, aqui, algumas passagens:
Baptizado por um português no facebook, surgiu espontaneamente em França um poderoso movimento político e social dos Coletes Amarelos, originado na pequena-burguesia urbana contra o aumento de impostos do governo do presidente Macron.
De um momento para o outro, milhares e milhares de trabalhadores, estudantes, camionistas, donas de casa, directamente ameaçados no seu poder de compra pelos novos impostos, desceram às ruas, ergueram barricadas e pegaram fogo à França.
Cinco mortos e centenas de feridos é o balanço dos primeiros dias de combate contra a polícia francesa, que desta vez carpiu as suas inúmeras baixas.
O Movimento dos Coletes Amarelos não tem uma direcção política revolucionária e estável, tendo aliás esmagado as lideranças partidárias, mas saldou-se por uma vitória imediata: a suspensão, primeiro, e a abolição, depois, do novo sistema de impostos.
Apesar de terem engolido pelo gargalo abaixo o quadro dos novos impostos, Macron e o primeiro-ministro Edouard Philippe não alcançaram a paralisação do movimento dos Coletes Amarelos, como pretendiam...
Referindo-se à situação portuguesa e à similute do que se passava em França, o camarada referia, então, que “... a situação portuguesa, em termos de classes e luta de classes, de base é muito semelhante à francesa e, a qualquer momento, poderá surgir em Portugal, mesmo com origem espontânea, um movimento político e social semelhante...
Para assinalar, mais adiante, que “...as greves dos estivadores, dos médicos, dos enfermeiros, dos professores, dos funcionários públicos, dos transportes rodoviários e dos ferroviários poderão desembocar num poderoso movimento político e social de massas, a qualquer momento...”, concluindo que “...este movimento, em Portugal, tem sido travado pelos partidos traidores (PCP, Bloco, Verdes) e pelas lideranças sindicais traidoras CGTP-Intersindical e UGT, mas estas traições estão a ser desmascaradas e os traidores cada vez mais isolados...”.
No tuíte em causa, o camarada Arnaldo Matos indicava, claramente, o caminho que a classe operária e os seus aliados deveriam tomar:  o caminho da organização e da luta.
Apesar de a burguesia francesa e do seu governo terem mobilizado toda a força repressiva – polícias e exército – e contado com a prestimosa colaboração da sua “comunicação social”, que já havia feito o funeral do Movimento dos Coletes Amarelos, eis que este fim de semana, precisamente na data em que se assinala um ano da sua eclosão, o Movimento, apesar de silenciado, mas de nunca ter parado, durante este ano,  ocupou as ruas de Paris e outras cidades francesas, a demonstrar que está bem vivo!
É tempo de todos os explorados e oprimidos acordarem e seguirem o exemplo dos que há um ano se levantaram numa luta magnífica contra uma classe social ultra-minoritária, mas que tem todos os poderes.
A luta dos coletes amarelos vai muito para além dos limites estreitos das reivindicações corporativistas. Faz parte de uma perspectiva mais ampla, a de uma luta contra as injustiças de classe e a miséria social. É porque é certo que é o movimento que cria a consciência e não o contrário que, também neste caso, o desenvolvimento do próprio Movimento das Coletes Amarelos desperta profundas esperanças, mas só pode ter sucesso se liderar uma resistência colectiva, estruturada, consciente e determinada, uma luta política de classe contra classe.
Todas as forças que se reclamam da classe operária, todos os progressistas, todos os cidadãos empobrecidos, desprezados e humilhados têm a estrita obrigação revolucionária de estar com o Movimento Coletes Amarelos, contra os privilégios e pela abolição do domínio de classe.
Sem essa unidade, sem esse vínculo fraterno de solidariedade, o movimento corre o risco de fracassar e a classe dominante, inimiga do progresso, continuará a sua política de regressão, miséria social e repressão.

17NOV2019

LJ

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