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INTERNACIONAL

Ora, o imperialismo também tem uma ideologia – a ideologia reaccionária burguesa do imperialismo – da qual fazem parte múltiplas ideologias de índole religiosa, assim como os povos árabes e muçulmanos, objecto da opressão militar actual do imperialismo, também têm uma ideologia, da qual fazem parte múltiplas ideologias de tipo religioso.

Na guerra que o imperialismo tem estado e continua a mover aos povos árabes e muçulmanos da África e do Oriente Médio, há também uma guerra ideológica intensa e sem quartel entre os agressores e os agredidos. Na guerra ideológica movida pelos imperialistas aos povos árabes e muçulmanos, o alvo é o terror e o fundamentalismo islâmicos, precisamente porque o terror, promovido no caso concreto pelo islamismo jiadista, é a arma mais demolidora que os povos e nações oprimidas podem utilizar contra a babel infernal do armamento imperialista. Com a utilização de uma arma especial – a coragem extrema – que nenhuma força imperialista consegue roubar aos povos explorados e oprimidos, os imperialistas deixaram de poder dormir e viver tranquilos nos covis onde se acoitam.

Conhecemos todos os parâmetros e argumentos desta luta ideológica há muito tempo, desde a segunda guerra mundial, para não irmos mais longe, onde os aviadores kamikaze japoneses eram para os nipónicos um vento divino e para os ianques um vento do diabo. Mas quem acabou por usar o terror supremo foram os ianques, lançando bombas atómicas em Hiroshima e Nagasaki, sobre um povo inocente e desarmado.

Ora, os marxistas-leninistas-maoistas da França e da Bélgica vêm agora tentar impor-nos o consumo de uma teoria a todos os títulos reaccionária: que o que estaria por detrás dos ataques a Paris naquela sexta-feira, 13 de Novembro, seria uma ideologia medieval – o fundamentalismo islâmico – que há muito tempo teria estado a organizar o seu quartel-general no bairro de Molenbeek, em Bruxelas. Esta reactivação do fundamentalismo islâmico seria o produto da destruição do capitalismo comprador pelas guerras movidas pelo imperialismo. Ao atacar a Líbia, a Síria, o Iraque e o Afeganistão, entre outros, o imperialismo – ocultando eles o imperialismo francês, europeu e americano – destruiu o capitalismo comprador nesses países, e a Idade Média teria voltado à superfície, com as suas ideologias medievais, como a ideologia da jiade (guerra santa) e do fundamentalismo islâmico. A nossa luta – a luta dos marxistas-leninistas-maoistas franceses e belgas – dizem eles, deve ser contra o fundamentalismo islâmico, não contra o imperialismo…

Reparem os meus estimados leitores e leitoras muito bem na incoerência reaccionária do raciocínio destes marxistas-leninistas-maoistas de pacotilha: se o imperialismo, nomeadamente o francês e europeu, destruísse à bomba o capitalismo comprador na Líbia, na Síria, no Iraque, no Afeganistão, etc., e com isso ressuscitasse nesses países as relações de produção medievais e a ideologia religiosa medieval da jiade e do fundamentalismo islâmico, quem seria responsável por tudo isso senão o imperialismo?!... Essa seria mais uma razão para atacar o imperialismo, e não para o deixar à solta.

E – já agora – parece que os marxistas-leninistas-maoistas da Bélgica e da França não sabem que as religiões dominantes na Europa são setecentos anos mais velhas do que o medieval fundamentalismo islâmico. Se o islamismo é uma ideologia medieval, então o cristianismo é uma ideologia escravocrata.

Deixemos pois bem claro aquilo que os pretensos marxistas-leninistas-maoistas de Alain Badiou esqueceram: os inimigos actuais do proletariado revolucionário são a burguesia, o capitalismo e o imperialismo; não são nossos inimigos os povos e nações oprimidas do mundo, nem as suas ideologias, por mais retrogradas que possam parecer aos lacaios do imperialismo na França e na Bélgica. A verdade é que foi muitas vezes em nome dessas ideologias de cariz religioso que os povos árabes e muçulmanos desferiram contra o imperialismo ianque, gaulês e inglês golpes militares demolidores, como os de Nova Iorque, Washington, Londres e Paris, nos últimos quinze anos.

Não tentem pois os falsos marxistas-leninistas-maoistas da França e da Bélgica desviar a atenção dos comunistas e dos proletários revolucionários dos seus países para o combate ao alvo do fundamentalismo islâmico, porque o alvo dos comunistas franceses e belgas é o alvo do movimento comunista e proletário internacional - é o imperialismo ianque e seus lacaios, como o imperialismo francês, entre outros.

O marxismo-leninismo-maoismo francês e belga é um produto putrefacto do chauvinismo e do patrioteirismo reaccionário burguês… Falta-lhes muito pouco para nos virem dizer que o imperialismo francês, inglês, europeu e americano invadiu e ocupou a Líbia, a Síria, o Iraque, o Afeganistão, o Chade, o Níger, o Quénia, o Burkina Faso, o norte de África e o Magrebe, o Oriente Médio, para libertar esses povos do fundamentalismo islâmico medieval e, já agora, e de passagem … do petróleo e do gás natural!

Examinemos agora a estranha análise de classes e os fundamentos ideológicos e políticos com base nos quais os renegados marxistas-leninistas-maoistas de França e da Bélgica intentam justificar a sua conduta política de bufos, colaboradores, agentes e lacaios do imperialismo francês, europeu e americano e, do mesmo passo, procuram desculpar as bárbaras agressões e a guerra de rapina desses mesmos imperialismos contra os povos árabes e muçulmanos da África e do Oriente Médio.

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Comentários   

 
# Quibian Gaytan 20-05-2016 06:34
Saludos comunistas,
Tengo a bien informarles que, en entrada del blog Luminoso Futuro del 20 de febrero de 2016, hemos publicado bajo el rubro Partido Comunista de los Trabajadores Portugueses: MENSAJE DEL CAMARADA ARNALDO MATOS AL CAMARADA LÚCIO su desenmascaramie nto de los reclamados Marxistas-Lenin istas-Maoístas franceses y belgas. De seguido el enlace: https://drive.google.com/file/d/0Bwo68T7ecF55NzhsRTRCaU9jYkk/view?usp=sharing
 

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