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INTERNACIONAL

Bufos das polícias, colaboradores das secretas, agentes do imperialismo – eis no que deram os auto-proclamados marxistas-leninistas-maoistas da França e da Bélgica. É neste ignóbil papel histórico que pretende acabar o camarada Lúcio?

Para tentar justificar o seu ignominioso papel de lacaios do imperialismo, os marxistas-leninistas-maoistas da França e da Bélgica escreveram na famigerada declaração conjunta:

“Os atentados de Paris não são um produto – deveriam ter escritonão são uma consequência”, mas não conseguiram fazê-lo! – da guerra imperialista, mas de condições sociais produzidas de maneira caótica pelo imperialismo. Há assim uma contradição entre o imperialismo e o fundamentalismo islâmico, como produto do afundamento do capitalismo.”

Esta passagem da declaração conjunta é o atestado do grau zero do marxismo a que chegaram os pretensos marxistas-leninistas-maoistas da França e da Bélgica. Qualquer pessoa que saiba ler compreenderá sem esforço que a tese central dos marxistas-leninistas-maoistas franceses e belgas se resume a este disparate cósmico: os atentados de Paris não são produto da guerra imperialista, mas produto das condições sociais produzidas de maneira caótica pelo imperialismo. Há assim uma contradição entre o imperialismo e o fundamentalismo islâmico, produto do desmoronamento (effondrement) do capitalismo.

Esta tese far-nos-ia morrer à gargalhada se não estivéssemos perante coisas demasiado sérias. Com que então os atentados de Paris não são produto da guerra imperialista, mas produto das condições sociais produzidas de maneira caótica pelo imperialismo?!... Então são ou não são produto do imperialismo?!... Há ou não há contradição entre o imperialismo e os povos árabes e muçulmanos?!... E de onde resulta essa contradição senão da guerra de rapina do imperialismo para se apoderar do petróleo, do gás natural e de outras matérias-primas estratégicas de que os povos árabes e muçulmanos são legítimos detentores?! Há ou não há uma guerra imperialista, conduzida por americanos, franceses e europeus, nomeadamente através da NATO, contra os povos árabes e muçulmanos, para se apoderarem de ¾ do petróleo e do gás natural de todo o mundo, concentrado nos territórios dos povos árabes e muçulmanos do norte e do centro da África e de todo o Oriente Médio, do Atlântico ao Hindocushe?!...

Essa guerra imperialista, conduzida por americanos e europeus, nomeadamente franceses e ingleses, há cerca de trinta anos, está a globalizar-se cada vez mais e tem encontrado uma resistência tenaz da parte dos operários, dos povos e das nações agredidas naquela área. Os imperialistas julgam-se fortes, mas não passam de tigres de papel, coisa que os marxistas-leninistas-maoistas da França e da Bélgica já esqueceram completamente.

Ora, mesmo não dispondo, nem de perto nem de longe, em quantidade e em qualidade, do armamento sofisticado de que dispõem os imperialistas americanos, franceses e ingleses, a verdade é que os povos árabes e muçulmanos agredidos têm conseguido impor derrotas demolidoras aos imperialistas nos teatros de operações no Iraque e no Afeganistão, como estão agora a impor na Líbia, na Síria, no Chade, no Mali, no Níger, no Quénia, no Sul do Sudão, e souberam impor mesmo no covil dos próprios imperialistas em Nova Iorque, em Washington, em Londres, em Paris e em Madrid.

Desgraçadamente, os marxistas-leninistas-maoistas da França e da Bélgica ainda não entenderam que a nova guerra mundial imperialista já começou há 26 anos, a 2 de Agosto de 1990, com a primeira Guerra do Golfo, e que não tem feito outra coisa senão mundializar-se a passo cada vez mais acelerado.

Ora, foi precisamente durante esses vinte e seis anos que os marxistas-leninistas-maoistas da França não fizeram outra coisa senão alinhar do lado do imperialismo francês contra os povos árabes e muçulmanos da África e do Médio Oriente. Estamos perante marxistas-leninistas-maoistas que não são nem marxistas, nem leninistas nem maoistas, mas meros lacaios do imperialismo.

As forças armadas francesas têm estado a participar todos os dias, durante vinte e seis anos, numa guerra imperialista num teatro de operações cada vez mais vasto, que vai do Atlântico à Ásia Central, e os militantes do Partido Comunista de França (m-l-m) e do Comité (m-l-m) da Bélgica não só nunca denunciaram a participação dos seus países nessa guerra, como têm sempre ocupado o lugar e desempenhado o papel de lacaios do imperialismo.

Para estes fidalgos do marxismo-leninismo-maoismo, que vivem, como viverá porventura o nosso Lúcio, à sombra do filósofo Alain Badiou, as contradições fundamentais do mundo actual não são a contradição entre a classe operária e a burguesia e a contradição entre os operários de todos os países, povos e nações oprimidas do mundo contra o imperialismo. Para eles, franceses e belgas m-l-m, a contradição actual no mundo é entre o imperialismo e o fundamentalismo islâmico, confundindo assim contradições de classes ao nível mundial com uma contradição entre o imperialismo e a ideologia religiosa dos povos árabes e muçulmanos atacados e ocupados pelo imperialismo!...

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Comentários   

 
# Quibian Gaytan 20-05-2016 06:34
Saludos comunistas,
Tengo a bien informarles que, en entrada del blog Luminoso Futuro del 20 de febrero de 2016, hemos publicado bajo el rubro Partido Comunista de los Trabajadores Portugueses: MENSAJE DEL CAMARADA ARNALDO MATOS AL CAMARADA LÚCIO su desenmascaramie nto de los reclamados Marxistas-Lenin istas-Maoístas franceses y belgas. De seguido el enlace: https://drive.google.com/file/d/0Bwo68T7ecF55NzhsRTRCaU9jYkk/view?usp=sharing
 

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