CampanhaFundos202206

IBAN PT50003502020003702663054   NIB 003502020003702663054

INTERNACIONAL

O chauvinismo, isto é, o patrioteirismo dos chamados marxistas-leninistas-maoistas da França e da Bélgica chegou ao ponto de se juntarem às forças imperialistas francesas e belgas para, em declaração conjunta, atacarem os seus compatriotas anti-imperialistas.

A declaração conjunta de 17 de Novembro de 2015 é muito esclarecedora: os pretendidos marxistas-leninistas-maoistas da França e da Bélgica dão preciosas informações às polícias e às secretas francesas e belgas sobre as relações entre os jiadistas dos dois países e a organização e condução do ataque a Paris. Se não acreditam, façam o obséquio de ler os seguintes seis parágrafos contínuos da declaração conjunta a que nos temos estado a referir (o texto integral pode ser lido no portal lesmaterialistes.com):

“É assim falso pensar que tais movimentos fundamentalistas não são mais do que fenómenos marginais espontâneos, que só existiriam para determinadas acções armadas. A sua rectaguarda deve ser entendida de maneira exacta, senão poder-se-ia julgar que se trataria de aventureirismo individual.

De modo concreto, o que se passou em Paris é o produto duma rede: certas pessoas que participaram nas acções de Paris vieram da Bélgica, um país que desempenha um papel importante para o fundamentalismo islâmico enquanto placa giratória, em particular em Molenbeek-Saint-Jean (em francês)/Sint-Jans-Molenbeek (em flamengo), uma Comuna da região de Bruxelas-Capital.

Nos anos 90 do século XX, houve aí uma revolta da juventude contra a opressão, em particular contra o racismo; com efeito, Molenbeek, que tinha perto de 100 000 habitantes, possuía uma forte população de origem imigrante. Com o fim de a controlar, a cidade agiu de maneira a que viessem imãs da Arábia Saudita, portanto uaabitas.

Este desenvolvimento do fundamentalismo islâmico seguiu a presença massiva da propaganda vinda da Arábia Saudita, a qual começou quando, em 1967, este país apoiou financeiramente as famílias atingidas pelo incêndio do grande armazém “A Inovação”, onde 323 pessoas morreram. Em contrapartida, o rei belga forneceu um pavilhão oriental, construído em 1897 para a exposição universal de Bruxelas, para sede do Centro Islâmico e Cultural da Bélgica; o fundamentalismo islâmico difundiu-se rapidamente, através da propaganda de massas e do financiamento da Arábia Saudita.

No decurso deste processo, Molenbeek tornou-se um bastião islamista. Um papel especial foi desempenhado pelo burgomestre (presidente da Câmara) socialista Filipe Moureaux, que pertence a uma família – os Blaton – cuja fortuna provém da BTP (operadora de títulos na bolsa) de Bruxelas.

Muito conhecido depois por, enquanto ministro, ter feito passar uma lei anti-racista em 1981, Filipe Moureaux, como burgomestre de Molenbeek de 1992 a 2012, conduziu uma imensa clientela na direcção do Islão e, mais especificamente, na direcção do fundamentalismo islâmico; chegou mesmo a casar, aos 71 anos de idade, com uma mulher da comunidade muçulmana mais nova 36 anos.

Molenbeek desempenhou depois um papel importante para o fundamentalismo islâmico. Os ataques a Paris foram coordenados a partir de Molenbeek e certas pessoas que nele participaram viviam também lá.”

A leitora e o leitor relevar-me-ão uma transcrição tão dilatada do texto da declaração comum do Partido Comunista da França (m-l-m) e do Comité (m-l-m) da Bélgica, mas é apenas para poderem verificar, com os vossos próprios olhos, como os marxistas-leninistas--maoistas da França e da Bélgica, vestindo a pele de verdadeiros bufos das polícias secretas dos dois países, denunciaram, ao quarto dia passado sobre os ataques de Paris, os jiadistas franceses, nascidos em França, e os jiadistas belgas, nascidos na Bélgica, como responsáveis pelos ataques à capital e inclusive indicaram a cidade de Molenbeek como o quartel-general do ataque a Paris…

Esta colaboração com a polícia na caça aos jiadistas é coisa que nunca se viu nas fileiras dos comunistas. Os auto-proclamados marxistas-leninistas-maoistas franceses e belgas são traidores à classe operária e aos comunistas da França e da Bélgica e não passam de traficantes da revolução proletária, lacaios do imperialismo. Esta canalha chegou ao ponto de denunciar compatriotas jiadistas que, ao contrário dos pseudo-marxistas-leninistas-maoistas, tiveram a coragem de se erguer em guerra contra o imperialismo.

Imediatamente depois de ser conhecida a declaração conjunta dos falsos marxistas-leninistas-maoistas da França e da Bélgica, a polícia e o exército belgas cercaram Molenbeek, assaltaram mais de 300 casas sem mandato judicial, encarceraram quarenta suspeitos e mataram um cidadão belga que demorou tempo demais a abrir a porta da sua residência. Foi em resultado da declaração conjunta que as polícias e os exércitos da França e da Bélgica passaram a considerar Molenbeek como quartel-general dos ataques a Paris, projectando para fora da França uma operação militar organizada e executada por jiadistas franceses, nascidos em França e sem dupla nacionalidade.

Partilhar

Comentários   

 
# Quibian Gaytan 20-05-2016 06:34
Saludos comunistas,
Tengo a bien informarles que, en entrada del blog Luminoso Futuro del 20 de febrero de 2016, hemos publicado bajo el rubro Partido Comunista de los Trabajadores Portugueses: MENSAJE DEL CAMARADA ARNALDO MATOS AL CAMARADA LÚCIO su desenmascaramie nto de los reclamados Marxistas-Lenin istas-Maoístas franceses y belgas. De seguido el enlace: https://drive.google.com/file/d/0Bwo68T7ecF55NzhsRTRCaU9jYkk/view?usp=sharing
 

Adicionar comentário


Código de segurança
Actualizar

Está em... Home Internacional Eu não sou Charlie! Os Marxistas-Leninistas-Maoistas da França e da Bélgica E os Ataques dos Jiadistas Franceses e Belgas a Paris