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Ensaio

Vivam os Trabalhadores!

valentim martins 02

Quantas vezes pego no meu telemóvel ou no computador e começo a escrever e no fim apago tudo o que tinha escrito. As coisas já não são como nos anos 60, 70 e 80. Os actores mudaram. Na minha opinião temos piores actores. Não há burros, há uma escolha que foi feita afastando os operários e trabalhadores da política. E o resultado é o que se vê. Ainda temos operários, milhares, e operários com consciência de classe. Foram é afastados da vida política. O afastamento dos trabalhadores da actividade partidária foi um erro muito grande, com consequências na qualidade e na quantidade da acção política.

É preciso ganhar os operários e os sectores dos trabalhadores muito próximos dos operários para a actividade política e partidária activa. Mas para isso a pequena-burguesia têm que compreender que os operários e os trabalhadores são imprescindíveis à revolução e dar-lhes espaço. Aliás, os operários são os mais, senão os únicos, interessados na revolução. Eles não lutam apenas por reivindicações económicas, sobre eles recai o papel mais importante, eles se propõem acabar com as classes sociais. Se a classe média, ou pequena-burguesia continuar a afastar os operários da vida política e partidária ela nunca conseguira vitórias firmes e duradouras da burguesia e os trabalhadores irão aumentar o número dos abstencionistas. Não há vitórias sólidas contra a burguesia sem os operários. A pequena-burguesia não pode tratar, como tem feito, nos tempos actuais, ainda que de uma forma muitas vezes subtil, os operários como gente ignorante, coisa que nunca foram e muito menos actualmente em que os operários têm uma melhor formação escolar e muitos até académica.

Se a classe operária hoje não têm força suficiente, dado estar em minoria na sociedade, a pequena-burguesia, pese embora ser a maioria, sem a classe operária nada poderá fazer.

Na década de oitenta foi feita uma campanha por historiadores, sociólogos, economistas e políticos em que ditaram o fim da classe operária, "já não há operários!", proclamaram, como se a sociedade não fosse uma sociedade capitalista e as classes sociais tivessem desaparecido. Depois reviram a posição anterior e afinal já havia operários mas, e continuando as suas campanhas contra a classe operária e trabalhadora estes, os operários, eram os culpados de todos os males do mundo. E a saga contra os trabalhadores continua. Não faz ainda muito tempo que pessoas letradas tem escrito barbaridades como por exemplo, associar os operários a Hitler ou culpa-los pelo que aconteceu na URSS depois da morte de Lenine e Estaline e na China depois da morte de Mao Tsé--tung. Para a pequena-burguesia os operários são uns estafermos que só servem para de quatro em quatro anos votar nas eleições. Muito recentemente alguém escreveu que "os operários não se revoltam, antes pelo contrário, apoiam a situação" e concluía dizendo: "resta-nos a pequena burguesia e a burguesia". É óbvio que quem escreveu tal palermice está alheio, só pode estar, às lutas dos trabalhadores e operários, não vive por certo neste planeta. Atitudes e comportamentos destes contra os que mais têm sofrido sob o jugo da burguesia e é por ela explorada não ajudam ao desenvolvimento da revolução e, para o caso imediato, a derrubar nas próximas eleições legislativas de 4 de Outubro de 2015 a burguesia, fazendo eleger para o parlamento burguês um grupo parlamentar que defenda os interesses do povo.

Viva a classe operária!


 

Valentim Amorim Martins
Operário, 2º candidato da Lista do Porto


06.09.2015



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