EDITORIAL
Um horizonte de luta dura para uma vitória certa!
Se há um número capaz de traduzir a situação em que se encontra o proletariado em Portugal ele é 830 320, o número de famílias, cerca de 22% do total, que o governo reconhece não terem capacidade para suportar os aumentos dos preços dos bens essenciais verificados desde finais de Fevereiro deste ano. Diga-se: que o governo reconhece… na prática são muitas mais.
Como é que se chega a uma situação em que muito mais do que um quinto da população nem sequer consegue ter recursos suficientes para se alimentar? Aumentando o saque sobre quem trabalha que é o que os governos da burguesia têm andado a fazer. De três formas: destruindo brutalmente forças produtivas, reprimindo a luta e a organização dos trabalhadores e acorrentando os trabalhadores portugueses aos interesses imperialistas.
Em Portugal menos de 8% dos trabalhadores do sector privado são sindicalizados. A grande maioria encontra-se despojada de ferramentas organizacionais, institucionais, jurídicas, que lhe permita fazer face à exploração, à precariedade, aos baixos salários, ao assédio laboral, às más condições de trabalho. Sem estes meios, a defesa dos seus mais elementares interesses torna-se impossível e a aquisição de força capaz de impor reivindicações a nível nacional uma autêntica miragem.
É neste contexto que, hoje, 1.º de Maio, o recém-constituído Sindicato do Proletariado da linha sindical Luta-Unidade-Vitória, empenhado em romper com sindicalismo elitista, burocrático, reformista e oportunista, correia de transmissão de interesses pequeno-burgueses, arranca com a sua primeira campanha de divulgação e sindicalização online e nas empresas, junto dos trabalhadores.
O 1.º DE MAIO É VERMELHO!
O 1.º DE MAIO É DIA DE LUTA!
LUTA – UNIDADE – VITÓRIA
PROLETÁRIOS DE TODOS OS PAÍSES, UNI-VOS!