EDITORIAL
A Nova Política do Governo para a Venezuela
É a Política dos Lacaios do Imperialismo
Arnaldo Matos
Há meio milhão de portugueses na República Bolivariana da Venezuela, na sua maioria originários da Região Autónoma da Madeira. A Venezuela concentra o segundo maior contingente de portugueses na América Latina, só ultrapassado pelo Brasil.
Se tivermos em conta os luso-descendentes nascidos na Venezuela, mas que podem nas duas próximas gerações optar pela cidadania portuguesa, segundo a nossa muito generosa lei da nacionalidade, os portugueses e luso-descendentes da Venezuela andarão muito perto de um milhão de pessoas.
De uma forma geral, os sucessivos governos portugueses têm sabido adoptar uma política externa correcta nas suas relações com a Venezuela. E correcta, nomeadamente, nos tempos mais recentes da República Bolivariana da Venezuela.
Foi assim, nomeadamente, com os governos de Sócrates, de Passos Coelho/Paulo Portas e nos três primeiros anos do governo de António Costa, com o ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva.
De repente, o governo de António Costa abandonou a sua justa política para com a Venezuela, passando para uma política de agressão e de intromissão na vida interna da Venezuela, política que viola grosseiramente a própria Constituição Portuguesa.
O governo português abandonou os interesses dos portugueses na Venezuela e começou a defender os interesses locais dos capitalistas venezuelanos e dos imperialismos americano e europeu, nomeadamente espanhol.
O governo português deixou de reconhecer o governo venezuelano legítimo de Nicolás Maduro, e passou a ameaçar reconhecer o governo ilegal e ilegítimo de Juan Guaidó, lacaio dos americanos e dos espanhóis.
Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros português, lacaio do imperialismo americano e europeu, em especial, espanhol, veio dizer aos portugueses da Venezuela que poderão voltar para Portugal, se quiserem!…
Este lambe-botas do imperialismo não sabe o que é que diz. Onde é que o lacaio Santos Silva vai arrumar meios milhão de portugueses residentes na Venezuela, se eles decidirem voltar à pátria de origem?!
A classe operária portuguesa apoia e está ao lado da classe operária venezuelana e denuncia a política reaccionária de guerra actualmente propalada pelo governo de António Costa, governo de lacaios do imperialismo americano e europeu.
O governo português está a apregoar e preparar a guerra dos imperialistas contra o povo irmão da Venezuela, guerra que custará a vida de milhares e milhares emigrantes portugueses.
Imperialistas americanos e europeus, fora da Venezuela!
A classe operária e o povo português está ao lado dos operários e do povo da Venezuela!
Não à guerra civil que os imperialistas americanos e europeus preparam contra a Venezuela!
28JAN19
Dar Voz a Quem Não Tem Voz
Oeste
Um exemplo de liquidação do SNS
Recebemos de um nosso leitor a carta que expressa a preocupação quanto ao previsível encerramento do hospital de Torres Vedras e que, abaixo, transcrevemos na íntegra
Exmos Srs,
Meu nome é Patrick Francisco, tenho 46 anos, e sou residente em Torres Vedras.
Tomei a liberdade de deixar aqui uma reflexão sobre uma questão fundamental para os cuidados de saúde na Região Oeste de Portugal.
Um dos temas que tem suscitado grande preocupação entre os torrienses e em toda a Região Oeste, está relacionado com o acesso aos serviços hospitalares. Até agora, a Região Oeste tem sido servida por 3 Hospitais, nomeadamente em Torres Vedras, Caldas da Rainha e Peniche.