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CARTA ABERTA AO PAÍS
O Porquê de Um Mandato

Sendo independente torna-se pertinente e necessária uma explicação para a minha intervenção como mandatário nacional da candidatura do Doutor António Garcia Pereira, em representação do PCTP/MRPP, para a Assembleia da República.

Independentemente da amizade que nos une, cimentada no tempo pela procura comum da verdade da justiça na trivialidade das atitudes e comportamentos do poder, o presente mandato surge por imperativo de consciência em termos de cidadania tão necessária nos tempos conturbados que correm.

Muita gente, incluindo eu próprio, reconhece no Doutor António Garcia Pereira, a voz frontal, sem tibiezas, que falta na Assembleia da República, como reforço da defesa dos mais desprotegidos, de qualquer idade ou profissão ou sem emprego, para sustento próprio e dos seus filhos.

Os últimos 50 anos da nossa história, atravessados por falta de verdade, com desajustes pelos mais elementares direitos humanos, corrupção, tráfico de influências que a lei proíbe e condena, mas que a prática evidencia com um aumento crescente, exigem uma reflexão aprofundada da situação, do ponto de vista sociológico, para minorar os profundos desequilíbrios de convivência social.

Vivemos numa desenfreada desvalorização da pessoa humana global, mas mais acentuada na civilização ocidental, na sua intrínseca dignidade, substituída por uma inversão de valores, colocando o dinheiro, o poder financeiro concentrado numa minoria, acima de tudo, numa espécie de magia religiosa de “Nosso Senhor o Dinheiro”, como paradigma filosófico-económico, em que a pessoa humana é reduzida a simples números.

A palavra do mandatário é simples e dirigida a todos os portugueses no sentido de que cada um possa votar em liberdade, segundo a sua preferência. Mas para que tal aconteça é necessária uma alargada informação que conduza ao conhecimento, este sim, que permita decidir, sem dúvidas, aquilo que queremos.

Numa alternativa de opção entre uma solução A e uma solução B, só tem verdadeira liberdade de escolha quem sabe, inequivocamente, sem qualquer dúvida, o que é o A e o B.

Se assim não for, nunca o seu voto poderá ser livre, porque não tem conhecimento, não sabe, o que está a escolher.

O Doutor Garcia Pereira é, sem dúvida, uma pessoa informada, conhecedora dos verdadeiros problemas dos portugueses, que representará uma consciência nacional daquilo que a grande maioria dos portugueses anseia ter possibilidade de expressar na Assembleia da Republica, casa do povo e não de uma meia dúzia que se diz representante do povo, mas que na realidade não o é, pois ela não representa a maioria, já que cerca de 50% dos portugueses não se revê nela e abstém-se de votar, expressando desta forma o seu protesto silencioso contra a classe política atual.

A apreciação desta realidade nacional evidencia que a maioria dos portugueses descontentes e sem informação, causticados pelas dificuldades na sua sobrevivência, afirmam que não irão votar, mostrando que “o mais numeroso partido” é o abstencionista.
Pergunta-se o que fizeram estes dirigentes que em 40 anos destruíram a vontade política de um povo, que se verga a tudo, que se desinteressou pela política e que não compreende que é através da política e da expressão da sua vontade que a sua própria situação pode mudar.

Na tentativa de que todos possam, de qualquer modo, colaborar na desejável melhoria do País, o mandatário nacional pede por favor aos indecisos e aos que pensam em manifestar o seu protesto não votando, que não tenham medo de mudar o seu voto, que arrisquem votar noutras figuras políticas, nos partidos que não tiveram oportunidade de mostrar o que valem, que têm ideias novas tão falhas neste país, que congregaram em seu torno políticos que à época, cheios de ideais da juventude de querer mudar o panorama político, mas que mais tarde se acomodaram e até reforçaram o statuo quo vigente, tão ineficaz, que nos conduziu à situação que vivemos atualmente.

O doutor António Garcia Pereira e o partido que representa podem contribuir para uma mudança que não deve atemorizar ninguém.

Este manifesto não assenta em promessas eleitoralistas, mentiras atrás de mentiras, que a prática tem demonstrado que não são cumpridas.

Estas promessas inviáveis pelos próprios que as apregoam e que posteriormente invocam desconhecimento do verdadeiro estado das finanças nacionais para as poderem cumprir, demonstram uma incompetência governativa evidente.

Por piruetas financeiras, muita gente viu as suas vidas destroçadas com um aumento de suicídios, nunca visto até agora, em grande parte devido à crise financeira que se vive e que expressa de várias formas desde o desemprego, abandono dos idosos e das crianças, emprego precário, escravatura laboral que é o que existe na atualidade em muitos dos setores laborais, um aumento da criminalidade, designadamente na violência doméstica com um número crescente de casos mortais, sem que o poder instituído tenha conseguido encontrar uma solução para travar esta desgraça.

Os atuais políticos esquecem, não sabem e não querem saber que, por dificuldades de gestão emocional, os portugueses, como qualquer outro povo, não conseguem adaptar-se às sucessivas mudanças altamente castigadoras das suas necessidades básicas e de uma dignidade de vida pela qual se tem vindo a lutar ao longo da civilização e que na atualidade mostra um retrocesso civilizacional impossível de aceitar.

O desenvolvimento técnico, científico, cultural, desenvolver-se em prol dos cidadãos, de forma a melhorar as suas condições de vida, de permitir que usufruam dessas regalias que o progresso traz, por uma divisão da riqueza mais justa e não para que essa riqueza e esse progresso se condensem numa minoria de grupos financeiros que instituíram uma nova forma de escravatura humana inaceitável em pleno século XXI.

A riqueza é do povo que a produz e não de quem apenas, porque tem capacidade financeira, a usa em seu proveito, acumulando essa riqueza sem se preocupar com a qualidade de vida dos cidadãos, como pura escravatura.

Quando assistimos à criação de uma União Europeia pretensamente uma união entre países e povos de um espaço geográfico reduzido mas com uma história civilizacional de séculos em prol da melhoria de vida do cidadão, tentando evitar novas guerras como as que assolaram a Europa, verificamos que esta União não existe e que nela só impera a lei do mercado, os interesses, a hegemonia de um povo sobre os restantes, asfixiando todas as tentativas em se fazer ouvir, de demonstrar solidariedade e humanidade para com os mais fracos, os quais servem apenas para expansão dos mercados dos mais fortes sem igualar as condições de vida em toda a referida União Europeia.

Uma coisa é certa: as carências da população, as perseguições de toda a ordem e as variadas dificuldades em termos de cidadania serão energicamente apresentadas e difundidas na Assembleia República na defesa dos verdadeiros interesses da maioria dos portugueses.

Nas linhas gerais desta Carta Aberta ao País, pretende-se contempladas as maiores deficiências na Justiça, na Saúde, no Ensino, na Economia e em todos os setores da vida comunitária, de que a população tem conhecimento ainda que vago pela comunicação social.

Recordando a sabedoria popular é do poeta António Aleixo a seguinte quadra:

“O mundo só pode ser
Melhor do que está aqui,
- Quando conseguires fazer
Mais p’los outros que por ti”

Seguindo o seu avisado conselho, vamos votar no Doutor António Garcia Pereira, candidato do PCTP/MRPP, como arauto das nossas preocupações e necessidades na Assembleia da República, voz que alertará o País para a verdade das questões no interesse real de todos os portugueses.


Prof. J. Pinto da Costa
(mandatário nacional)



28.08.2015
 



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