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Partido

O Primeiro de Maio é Vermelho!

Debate sobre as Teses da Urgeiriça
1 de Maio, 15:30,  sede nacional

 

O Primeiro de Maio é Vermelho! é a palavra de ordem do nosso Partido desde a sua fundação e não abdicaremos dela, seja em que situação for!

O Partido sempre celebrou o Primeiro de Maio – dia do trabalhador, desde 1889, como homenagem à luta dos operários de Chicago pela jornada das 8 horas – tanto na clandestinidade, sob a ditadura fascista, como na ditadura da democracia burguesa, tal como acontecerá este ano.
As circunstâncias ditam a luta e as formas de luta; neste momento, se bem que o capitalismo tenha entrado na sua última fase – o imperialismo − e estejamos a assistir ao combate pela sua sobrevivência, numa guerra inter-imperialista, que apenas tem como objectivo encontrar o modelo que se imporá, de acordo com o alinhamento das suas forças, sabendo de antemão que esse combate também pode levar à destruição da Humanidade, a classe trabalhadora tem de se preparar e organizar para se lhe opor.

As dificuldades que o Partido atravessa não são mais que reflexos do que se passa na sociedade: as dificuldades da classe operária e trabalhadora são as dificuldades do Partido e é isto que a história dos partidos comunistas ensina. Todos os partidos comunistas, nos momentos de maior opressão, sofreram perseguições e traições. Nada de novo, portanto.

Se a burguesia, com as suas leis, os seus tribunais e os seus agentes cercam e atacam um dado partido que se reivindica do proletariado, e lhe provoca dificuldades, isso é um bom sinal, é sinal de que vê nele uma ameaça. Mas as dificuldades do Partido não têm por base unicamente esses ataques da burguesia no sentido de o extinguir, decorrem também das consequências na consciência dos seus membros da não elaboração teórica sobre as sucessivas derrotas das revoluções reivindicadas pelo proletariado em todo o mundo, ou seja, de uma certa descrença na Revolução.

Quem vê unilateralmente, numa perspectiva metafísica, parece-lhe um círculo vicioso sem saída, mas quem analisa a situação de todos os ângulos, numa perspectiva dialéctica, percebe que o sentido das forças internas de desenvolvimento da sociedade levará, mais cedo ou mais tarde, o proletariado à necessidade de escolher o Partido adequado à sua vitória.


Debate sobre as Teses da Urgeiriça

Uma das resoluções saídas do último Congresso de Abril de 2023, prende-se com a necessidade do debate e do estudo nas nossas fileiras, o que acontecerá, mensalmente, de uma forma alargada.
No momento actual, em plena guerra inter-imperialista, uma das questões centrais, diríamos mesmo a mais importante, é o debate relativo ao caminho a seguir, nomeadamente, no que respeita à revolução, ou seja, se, após a não conseguida construção de uma sociedade comunista, na sequência das grandes revoluções de 1917 na Rússia e de 1949, na China, a evolução da sociedade terminou, ou se ainda vemos a revolução, como o caminho para a emancipação da classe operária e demais trabalhadores, rumo a uma sociedade livre de exploradores e explorados, livres da escravidão assalariada.
Ora, para chegarmos a uma conclusão, é indispensável percebermos o que falhou nesse processo em desenvolvimento pela primeira vez, é preciso, como disse o camarada Arnaldo Matos "que os comunistas de hoje extraiam conclusões da aplicação do Marxismo ao estudo crítico da Grande Revolução de Outubro”, acrescentando que a chave para a compreensão da natureza de classe da Revolução de Outubro, já está contida nos dois últimos parágrafos do prefácio da Edição Russa de 1882, do Manifesto do Partido Comunista. É preciso compreender porque é que “o comunismo não grassou na União Soviética, porque não entrou na China.”

O Partido tem nas suas mãos um brilhante e importantíssimo instrumento teórico para compreensão das condições como o capitalismo monopolista de Estado se instalou nestes dois países, mantendo simultaneamente o modo de produção capitalista, próprio de um sistema capitalista, e o modo de produção feudal, correspondente ao feudalismo ainda existente, sem que a ditadura do proletariado tivesse sido condição suficiente para a instauração do modo de produção comunista.
 
É a resposta a todas estas questões que o camarada Arnaldo Matos, após estudo, reflexão e numa análise marxista apresenta nas Teses da Urgueiriça (apresentadas publicamente, no dia 6 de Novembro de 2016, na Urgeiriça).

Refere o camarada, nas páginas 23 e 24 das Teses (Edições Bandeira Vermelha) “A ideia de que a revolução proletária socialista pode ser partilhada com a revolução agrária camponesa contra o feudalismo, ou seja, que duas classes exploradas e oprimidas – operários e camponeses – por dois diferentes modos de produção – capitalista e feudal – podem coexistir numa ditadura conjunta é o principal erro de Lenine ao pretender superar simultaneamente dois modos de produção económicos distintos, sob a liderança conjunta de duas classes, todavia com interesses antagónicos (operários e camponeses servos). Mais adiante, afirma o camarada, “Na verdade, sob o modo de produção capitalista, toda a revolução proletária e socialista autêntica não pode ficar, como ficou a revolução de Outubro, ao nível político, social e cultural, nem pode limitar-se à mera alteração das fórmulas jurídicas das relações económicas de produção”.

Este primeiro debate é o reinício de uma discussão que se quer mais alargada, de forma a que, sem preconceitos, sejam colocadas todas as dúvidas que inquietam e, de certa forma, causam perplexidade e de resposta quanto ao futuro, quanto à forma como as sociedades evoluem, sendo certo que tal como afirmou Marx os modos de produção próprios sucedem-se no seu desenvolvimento normal, não se podendo saltar um modo de produção sem que ele tenha chegado ao seu desenvolvimento pleno, para dar lugar ao que o substituirá e que os modos de produção não se alteram na sequência de revoluções políticas e ideológicas, mas, pelo contrário, estas “procedem dos desenvolvimentos desses modos de produção”.


Neste Primeiro de Maio, todos os camaradas estão convidados a participar no debate, a realizar-se às 15H30, na Sede Nacional – na Rua da Palma, n.º 259, 2.º dto, Lisboa – sobre o futuro da Revolução, ou seja, vamos debater “se esta sociedade nunca vai mudar, ou se tem os dias contados”.

Guerra à Guerra Inter-imperialista!
Viva o Internacionalismo Proletário!
Pela Revolução Proletária!
Pela Instauração do Modo de Produção Comunista!


O Comité Central


pctpmrpp

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