Partido

NOTA DA REDACÇÃO
Lutemos pela Linha Política Revolucionária de Massas
Publicado em 01.04.2015

A redacção do Luta Popular Online, tendo lido e discutido o artigo do camarada Arnaldo Matos sobre o balanço da batalha eleitoral na Madeira Morrer na Praia..., vem desde logo manifestar a sua discordância quanto à existência ou assumpção da mínima responsabilidade pelo camarada Arnaldo Matos pelo facto de o Partido não ter alcançado o seu objectivo de eleger uma representação parlamentar, ficando a 231 votos desse objectivo.

Na verdade, e a redacção foi sempre testemunha directa disso, foi único e enorme, para não dizer total, o esforço e empenhamento do camarada Arnaldo Matos na luta pela aplicação de uma linha política revolucionária para, contra uma feroz, mas cobarde, oposição e resistência da linha revisionista e capituladora, formar uma lista de candidatos que, mesmo no curto espaço de tempo disponível – atraso, convém lembrar, da inteira responsabilidade do Comité Central –, assentasse numa linha de massas e os mobilizasse logo para as tarefas da campanha eleitoral, com vista a eleger uma representação parlamentar.

Para além disso, importa nunca esquecer nem menorizar a importância decisiva que teve a correcção, o vigor e a actualidade da propaganda elaborada pelo camarada Arnaldo Matos como instrumento poderoso não só na fase da elaboração da lista, como posteriormente, propaganda essa que recolheu sempre um forte apoio das massas.

E, depois, o notável programa político eleitoral (o Livrinho) que constituiu e permanecerá um motivo de orgulho para todos nós e uma grande lição para um trabalho político de massas sério no futuro.

A redacção do jornal partilha da crítica inteiramente justa à actuação do seu director, designadamente, no que respeita à falta de confiança nas massas e à ausência de uma perspectiva revolucionária na mobilização dos candidatos, determinante para o êxito das fases seguintes.

A conclusão política fundamental que há, pois, a retirar dos resultados eleitorais do Partido na Madeira e da inexcedível dedicação de um punhado de (novos) camaradas durante toda a campanha é que ficou demonstrado, por um lado, que existe uma linha política revolucionária que tem o apoio das massas e que quando é aplicada obtém êxitos, e, por outro lado, que a linha revisionista, burocrática e amiguista que se lhe opõe ainda é muito forte e foi essa a única responsável pela derrota infligida ao Partido nestas eleições.

Mas como o camarada Arnaldo Matos referiu na sua mensagem no encerramento da campanha,
nada ficará como dantes, tanto na Madeira como no resto do país, sendo agora necessário que o Partido reaja com firmeza em apoio da linha política revolucionária e multiplique rapidamente a nível nacional a experiência do trabalho político que essa linha levou a cabo na Região da Madeira.

Lisboa, 1 de Abril de 2015

A Redacção