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Moviflor - Trabalhadores em luta contra o roubo do trabalho e do salário

moviflor 01Esta empresa é o exemplo de muitas espalhadas pelo país que, com o pretexto da crise, aproveitam para se “reestruturar” tendo como objectivo encerrar ou então despedir as “gorduras” necessárias, tudo para despedir trabalhadores e aumentar a exploração sobre os que fiquem, seja através da diminuição das remunerações, do aumento dos tempos de trabalho, etc.

Empresa de mobiliário com 42 anos de existência, a Moviflor tem mais de 1400 credores e as dívidas ascendem a 147 milhões de euros, com o fisco e a Segurança Social a encabeçarem a lista. Recorreu ao PER em Maio para recuperar financeiramente e tentar manter os 950 postos de trabalho em Portugal. Contudo, a solução prevista passa pela dispensa de mais de três centenas de trabalhadores e o encerramento e substituição de várias lojas. Entretanto, na última semana de Novembro, a Moviflor encerrou a loja de Santarém, instalada num retail park, e despediu 14 trabalhadores (seis tinham já o contrato suspenso).

A prática desta empresa, similar a outras mais, é suspender os contratos e enviar os trabalhadores para casa, sem salário. Neste caso são 500 trabalhadores que se encontram com “suspensão temporária do contrato de trabalho”. Os restantes trabalhadores têm salários em atraso.

Contra esta situação de exploração desenfreada, centenas de trabalhadores concentraram-se este domingo, dia 8/12, às portas das lojas Moviflor do Porto, Braga, Olhão e Seixal, para reivindicar a viabilidade da empresa, a manutenção dos postos de trabalho e o pagamento dos salários e subsídios em atraso. Este dia foi marcado por um período de greve de 24 horas. Os trabalhadores presentes mostraram bem a sua raiva contra esta situação de roubo e de terrorismo social sobre quem trabalha.

"Alguns dos trabalhadores, em casa há meio ano, já se viram na necessidade de recorrer ao Banco Alimentar", afirmação de um dirigente sindical do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços de Portugal . Segundo o mesmo dirigente, "a empresa está a trabalhar nas piores condições neste momento, só com cerca de sete ou oito trabalhadores por loja e com problemas com os fornecedores que esperam que seja injectado o dinheiro do plano". Na opinião de Rui Silva as condições de operação da empresa têm-se vindo a degradar, com problemas de fornecedores, atrasos nas entregas, um "marketing adormecido" e envio de material para as lojas de Angola e Moçambique, "sem que venha o dinheiro para cá para pagar o material fornecido".

Nesta luta, como e muitas outras, há que lutar por objectivos económicos imediatos, mas sem nunca perder de vista o objectivo primacial do derrube do governo vende-pátrias PSD/CDS, já que este, como lacaio do grande capital e do imperialismo germânico e executor de constantes medidas terroristas de austeridade contra o povo, é o principal responsável pela situação dramática em que se encontram milhões de trabalhadores.

O derrube do governo Coelho/Portas e a imposição, como alternativa, de um governo democrático patriótico é o caminho de todos os trabalhadores e de todos os democratas e patriotas, para impedir que esta situação de exploração, pura escravatura no século XXI, seja mantida.

Os trabalhadores vencerão!


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