PAÍS
“Basta” - Trabalhadores da STCP em greve
- Publicado em 15.02.2013
“Basta”, desabafa a CT desta empresa, denunciando veementemente as condições em que os trabalhadores motoristas desta empresa são tratados: “ os trabalhadores sentem-se injustiçados e defraudados”.
A Comissão de trabalhadores convocou greve à horas extraordinárias a partir do dia 25 e até 1 de Março. Estas paralisações seguem depois dos trabalhadores terem efectuado uma greve de 24 horas no passado dia 31 de Janeiro, demonstrando uma vontade férrea de luta, bem expressa na adesão total.
Em causa estão, diz a Comissão de Trabalhadores, "os roubos constantes dos direitos consagrados em acordo de empresa em várias matérias, como por exemplo o pagamento de trabalho extraordinário, o congelamento de carreiras e diuturnidades, os cortes de subsídios de férias e de Natal, sob o subterfúgio das medidas de austeridade", para mais adiante afirmar que "com uma enorme falta de efectivo para a condução de autocarros", a empresa "permite e convida alguns motoristas a realizar trabalho extraordinário de forma desumana, ou seja, mais de 400 horas extra por ano, mais do dobro do permitido por lei e só para o serviço regular, e com a conivência da Autoridade para as Condições do Trabalho, já que foram efetuadas várias denúncias".
O ataque frontal, por parte do governo Coelho/Portas, aos trabalhadores do sector dos transportes, as provocações rasteiras, lançando calúnias, vindas desde os deputados da maioria, passando pelo secretário de estado dos transportes, usando linguagem terrorista e tentando virar trabalhadores utentes contra os trabalhadores da STCP, que vendem a sua força de trabalho e são continuamente roubados e espoliados, exactamente como a maioria dos trabalhadores e operários no nosso país, têm merecido um vivo repúdio por parte destes, demonstrando que já não se deixam iludir pelas mentiras e provocações desta canalha.
Esta luta dos trabalhadores do sector dos transportes é um bom exemplo para os trabalhadores de todos os outros sectores das razões pelas quais se devem unir, em bloco, pelo derrube deste governo vende-pátrias, impondo por isso as greves gerais necessárias para alcançar esse objectivo e mostrando que é possível dar o salto necessário e premente, que consiste na constituição de um governo democrático patriótico.
